O profissional da saúde deve ser capaz de agir como um cooperador na sociedade, atuando de forma a contribuir com o processo educacional, promovendo a saúde e garantindo qualidade de vida a seus pacientes. O objetivo é descrever uma experiência de ensino e aprendizagem vivenciada por discentes voluntários quanto à uma prática educativa com idosos. Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicos de enfermagem integrantes do programa de atividade curricular de extensão “Reciclando o vocabulário anatômico na melhor idade”, realizado numa Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Manaus. O projeto foi realizado de forma a ser uma prática didática com o foco na melhoria das condições de saúde do grupo de idosos, agindo sob forma preventiva e atuando de forma a promover a saúde. Decidiu-se que atividades educativas fossem ministradas nas terças do mês de agosto de 2016. em uma sala de eventos da UBS através de stands e palestras, na qual houve, inicialmente, a recepção dos idosos, seguido da distribuição de materiais, como luvas e máscaras e a demonstração da maneira correta de utilizá-los. Como auxílio utilizou-se peças anatômicas cadavéricas e sintéticas do Laboratório de Anatomia da Universidade. As palestras foram divididas com temas sobre Coluna vertebral, Saúde Bucal, Membros Superiores e Inferiores, Crânio, Sistemas Esquelético, Cardiovascular, Genito-urinário, Digestório e Respiratório. Os idosos responderam um questionário avaliativo ao final das atividades realizadas. Os resultados obtidos através das palestras foram satisfatórios e constatamos que o desenvolvimento das atividades provou, de fato, que a melhor idade anseia conhecimentos e experiências novas. A experiência vivenciada também nos permitiu conhecer melhor e mais a fundo a linguagem popular acerca de determinadas partes do corpo. Ressalta-se que o projeto gerou aproximação e confiança da população, transformando a realidade da comunidade e ocasionando a um atendimento de melhor qualidade. Conclui-se então que cada indivíduo envolvido com o projeto atuou tanto como propagador quanto receptor de conhecimento, o que nos implica a pensar e a desenvolver outros projetos como este realizado na UBS, visando levar mudanças significativas para a população-alvo e profissionais atuantes no local, proporcionando experiências positivas e gerando um atendimento mais humanizado, concluindo assim que o profissional da saúde é um cooperador e não somente o detentor do saber.