Introdução: Os enfermeiros-preceptores da Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) atuam nos serviços como profissionais de referência na formação, para aperfeiçoamento e fortalecimento do SUS e melhoria da qualidade de vida das pessoas junto aos residentes, tutores, professores, preceptores de outras categorias e coordenadores dos programas. Objetivo: Analisar as ações realizadas pelos sujeitos sociais profissionais junto aos enfermeiros-preceptores na RMS. Metodologia: Pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, realizada numa instituição de saúde de uma universidade pública do Rio de Janeiro, em dois programas de RMS. A produção dos dados se deu por meio de entrevista aos participantes (num total de 46), observação e documentação. Utilizamos análise de conteúdo temática. Respeitamos as normas da Resolução nº466/2012. Resultados: A relação educativa do enfermeiro-preceptor foi alinhada e próxima aos residentes multirprofissionais na prática. As atividades realizadas foram interconsulta, educação em saúde, educação permanente, atenção domiciliar, reunião de equipe, saúde do escolar, discussão de casos clínicos, organização de trabalho científico e construção do trabalho de conclusão do curso. O encontro do enfermeiro-preceptor com os coordenadores, tutores e docentes dos programas foi possível no espaço da escola e do serviço, todavia, ocorreu de forma mais ou menos aproximada e facilitada, dependendo da disponibilidade de cada um deles e de todos, no compromisso individual e coletivo em prol da formação crítica do residente. Tal disposição para estarem juntos na construção e execução do Projeto Pedagógico foi circundada por várias questões, como por exemplo: o reconhecimento de pertença real ao programa; a liberação de carga horária para dedicação às atividades; a remuneração específica pela ação educativa desenvolvida; a dicotomia entre teoria e prática presente nos discursos e no contexto vivido. Conclusão: Os profissionais descreveram suas ações com o enfermeiro-preceptor, com maior ou menor aproximação, dependendo da função que desempenhavam na RMS. A inserção facilitada do residente no espaço da prática foi realizada pelo enfermeiro-preceptor.