Serviços terceirizados são utilizados como forma de aumento da produtividade, qualidade dos serviços e redução de custos. Essa modalidade de serviço é precária e pode gerar consequências para o bem estar e para a saúde dos trabalhadores (SILVA; IGUTI; MONTEIRO, 2014). Objetivo: avaliar a autoestima em trabalhadores terceirizados de uma universidade pública de um município do Sul de Minas Gerais. Método: trata-se de um estudo descritivo-analítico, transversal, de abordagem quantitativa, realizada em uma universidade pública de um município no Sul de Minas Gerais. Foram incluídos trabalhadores com idade igual ou superior a 18 anos e com no mínimo três meses de serviço na empresa e excluídos aqueles em licença saúde, maternidade ou férias. Diante disso, a amostra final foi constituída por 316 trabalhadores terceirizados. A coleta de dados compreendeu os meses de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017 e foram utilizados dois instrumentos autoaplicáveis, o Questionário de caracterização dos sujeitos e a Escala de Autoestima de Rosenberg. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa por meio do parecer número 1.623.102. Para a análise de dados foram utilizados: Coeficiente Alfa de Cronbach; estatística descritiva e o teste de Qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. Estimado o odds ratio com intervalo de confiança de 95% e a regressão logística. Resultados: a maioria dos trabalhadores é do sexo feminino, com idades entre 30 e 39 anos. A modalidade de serviço de maior frequência é auxiliar de serviço em laboratório, seguido de auxiliar administrativo, secretário atendente e servente de limpeza. A maioria desempenham suas atividades no período diurno com carga horaria de 44 horas semanais, 76,6% apresentam autoestima alta, o Coeficiente interno de Alpha de Cronbach teve como valor 0,821. As variáveis sexo (p=0,020), faixa etária (p=0,007) e turno de trabalho na instituição (p=0,035) apresentaram associação estatística com a medida de autoestima. Conclusão: a presença de um enfermeiro do trabalho nas empresas é indispensável para a promoção da saúde mental e para a prevenção de agravos decorrentes do ambiente de trabalho, para favorecer uma melhor qualidade de vida laboral e social a esses profissionais. SILVA, J. P. M.; IGUTI, A. M.; MONTEIRO, I. Das flores aos espinhos: o serviço público de parques e jardins terceirizado e precarizado. Revista Baiana De Saúde Pública, Salvador, v.38, n. 3, p. 507-523, 2014.