Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO NEUROPÁTICA DOS PÉS DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2
Relatoria:
JOÃO PEDRO RESENDE CASTRO
Autores:
- Mônica Antar Gamba
- Rosali Isabel Barduchi Ohl
- BRUNA YARA COSTA
- Amanda Diniz Silva
- Bianca Penido Vecchia
- Suzel Regina Ribeiro Chavaglia
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM Tipo 2) é uma doença crônica caracterizada pela elevação de glicose no sangue, potencialmente capaz de levar a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos; dentre elas úlceras nos pés devido a alterações vasculares e/ou neurológicas. Objetivo: Investigar as condições socioeconômicas e clínicas das pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 e identificar os sintomas e o comprometimento neuropático dos sujeitos. Metodologia: Este estudo é parte de uma pesquisa maior “Determinantes Sociais e de Risco de Pessoas Diabéticas com Úlcera de Extremidades no Município de Uberaba – MG. Estudo descritivo exploratório, prospectivo e transversal, realizado em 05 Unidades de Estratégias de Saúde da Família com adultos diagnosticados com DM Tipo 2. O projeto foi aprovado junto ao Comitê de Ética conforme parecer nº 595.888-0 e nº CAAE 05762012.4.1001.5505. Os dados foram obtidos através de exame físico e aplicação de instrumento elaborado pelos pesquisadores, contendo dados sociodemográficos, e as escalas de Sintomas Neuropáticos (ESN) e Escala de Comprometimento Neuropático (ECN). Resultados: A amostra totalizou 238 sujeitos com idade média de 61 anos, a maioria do sexo feminino (69%), cor branca (67%), casados (50%), estudaram 04 anos (37,5%), tempo de doença até 5 anos (43%), renda individual de 1 SM (51%) e não tabagista (79%). A HAS foi a comorbidade mais frequente (72%), fazem uso de antidiabético (83%) e negam uso de insulina (74,5%). Quanto ao controle glicêmico, a maioria o fazem (93,5%), sendo, (54%) com frequência mensal e (99,5%) através do teste de glicemia capilar. Predominou a glicemia acima de 150mg/dl (48%) e presença úlcera de extremidade em 6% dos sujeitos. Quanto aos dados antropométricos, a altura predominante ficou entre 1,60m e 1,70 m (44%) e peso até 80 kg (72%), estando 58% acima do peso segundo IMC. Na avaliação do ESN, 17,2% sujeitos apresentaram sintomas leves, 23,1% moderados e 19,3% graves. Já em relação ao ECN, a maioria (76,4%) não possui comprometimento e 12,2% apresentam comprometimento leve, 9,6% moderado e apenas 1,6% grave. Conclusão: Os dados caracterizaram a amostra do estudo conforme se propôs e demonstraram a necessidade de se elaborar um programa educativo que fortaleça as ações de monitoramento, reforce o autocuidado e estimule os sujeitos a procurar pelos serviços de saúde.