Introdução: O conhecimento sobre métodos contraceptivos e riscos advindos de relações sexuais desprotegidas é fundamental para que adolescentes possam vivenciar a sexualidade em sua plenitude. Objetivo: Descrever o conhecimento e possíveis fontes de obtenção de métodos contraceptivos que oferecem dupla proteção (MCDP), entre adolescentes que não havia iniciado a vida sexual, segundo o sexo. Metodologia: Estudo transversal, realizado com amostra probabilística e representativa de 363 adolescentes, com idade entre 13 a 17 anos, de ambos os sexos, de escolas públicas localizadas na zona urbana do município de Cruzeiro do Sul, Acre. A pesquisa contemplou as exigências éticas. Os dados foram obtidos a partir da aplicação de um questionário estruturado, contendo perguntas sobre sexualidade e métodos contraceptivos. O banco de dados foi constituído e analisado, estatisticamente, com a utilização do software Epi Info (version 3.5.8; 2008). Utilizou-se a estatística descritiva e para identificação de diferenças entre grupos foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Resultados: Dos adolescentes entrevistados, 55,4% eram do sexo feminino (F) e 44,6% masculino (M). Verificou-se que 65,6% afirmaram terem ouvido falar sobre MCDP, desses 70,6% eram garotas e 57,0% eram garotos (p=0,035). 82,4% (F) e 79,8 (M) mencionaram a camisinha como MCDP; enquanto 15,0% a 9,7% referiram, equivocadamente, o uso somente da injeção, do DIU e da tabelinha, como formas de dupla proteção. As principais fontes de obtenção de MCDP mencionadas foram: posto de saúde (73,7%) e farmácia (62,8%). As mulheres, quando comparadas com homens, priorizam o posto de saúde e a mãe como fontes de obtenção de MCDP. Conclusão: Adolescentes portam conhecimento sobre métodos que oferecem dupla proteção e local de obtenção de tais métodos. As mulheres estão mais atentas aos assuntos sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.