Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
ÓBITOS NEONAIS PRECOCES NOTIFICADOS NO MARANHÃO DE 2010 A 2015
Relatoria:
THAYANNE FRANÇA MUNIZ
Autores:
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Brasil ainda conta com níveis alarmantes e eticamente inaceitáveis de mortalidade infantil, principalmente durante e período neonatal precoce, que compreende a primeira semana de vida do bebê. Estudos têm demonstrado a importância de intervenções na redução da mortalidade infantil em todo o país, com destaque especial para as ações dos serviços de saúde. As causas das mortes neonatais são variadas, podem está relacionadas à idade materna, gênero e idade do recém-nascido, infecções maternas, idade gestacional, dentre outras, sendo que grande parte dessas condições seriam preveníveis por um atendimento pré-natal adequado. Muitos estudos são realizados sobre a mortalidade neonatal precoce a nível nacional, mas por conta da falta de registros sobre o referido tema no Estado do Maranhão, o objetivo desse trabalho é realizar um levantamento dos óbitos ocorridos no período neonatal precoce notificados no Maranhão de 2010 a 2015. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem de parâmetros neonatais, maternos e gestacionais, oriundas do Banco de Dados do DATA-SUS do Ministério da Saúde. Nos anos de 2010 a 2015 foram notificados no Maranhão 6290 óbitos no período neonatal precoce, sendo 1080 em 2010, 1096 em 2011, 984 em 2012, 1108 em 2013, 1026 em 2014 e 996 em 2015. 984 casos de óbitos no período neonatal precoce, a maioria dos óbitos, 2113 dos casos notificados, ocorrem na macrorregional de São Luís. Os neonatos que evoluíram ao óbito no período em estudo, caracterizaram-se por ser do gênero masculino (3629 casos), atermos (37 a 41 semanas – 1720 casos,), com baixo peso (1500 a 2499g – 1316 casos) que nasceram no hospital (5926 casos), por via vaginal (3802 casos) e tiveram como principal causa da morte afecções originadas no período perinatal (5250 casos). As mães eram mulheres adultas jovens (4447 casos) e primigestas (5449 casos).