Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
MORTE ENCEFÁLICA: O ENFERMEIRO COMO FACILITADOR NA CAPTAÇÃO DE POTENCIAL DOADOR DE ORGÃOS
Relatoria:
RODRIGO DE MORAIS TORRES
Autores:
- Juliane pereira de oliveira corga
- Wanderson patrick da conceição nogueira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A morte encefálica (ME) é representada pelo estado clínico irreversível em que as funções cerebrais e do tronco encefálico estão irremediavelmente comprometidas. São necessários três pré-requisitos para defini-la: coma com causa conhecida e irreversível; ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave; exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos psicotrópicos. Deve seguir critérios básicos como notificação compulsória por todos os estabelecimentos cujo suspeitem de ME, e deve contar com dois exames clínicos e um complementar, além de um teste de apnéia para auxiliar no protocolo. Objetivos: Descrever as atribuições do profissional enfermeiro na condição de facilitador para captação de potencial doador mediante a morte encefálica. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo de cunho exploratório, utilizando os descritores: Morte encefálica, doador de órgãos e enfermeiro, tendo por base de pesquisa a BVS. Com os descritores supracitados obtivemos um resultado de 69 artigos na pesquisa, após os critérios de inclusão e de exclusão, obtivemos um resultado final de 8 artigos para análise. Discussão: Dentre os profissionais da equipe multiprofissional destacamos o enfermeiro assistencial que esta intimamente ligado a assistência desses clientes sob suspeita de ME, coordenação da equipe de enfermagem e manutenção do possível doador e caso preparado, entrevista familiar. E também, o enfermeiro da comissão intra-hospitalar de transplante (CIHT) que tem a função de coordenar e acompanhar todo o processo desde a suspeita até o fechamento do protocolo, além de realizar o acolhimento e entrevista familiar o que deve ser de forma clara e precisa, extinguindo qualquer dúvida quanto as etapas do processo, respeitando as fases do luto que este familiar possivelmente esteja enfrentando, coordenar o bloco cirúrgico e toda logística da equipe de captação e transplante, e realizar educação permanente entre a equipe. Conclusão: Tanto o enfermeiro assistencial quanto o enfermeiro da CIHT devem sentir-se preparados ao ponto de facilitar e mediar a captação do possível doador de órgãos mediante a ME, usando palavras claras evitando termos técnicos, e acima de tudo acolher e sanar possíveis dúvidas existentes por parte da família quanto as etapas do processo ou fatores que impeçam o entendimento dos mesmos quanto a morte encefálica e sobre a possível doação de órgãos, o que pode salvar muitas vidas.