Introdução: A internação de uma criança, o motivo da internação, bem como o tempo dela, pode acarretar em trauma à criança e seus familiares. Em consequência a essa realidade, em 21 de março de 2005 a deputada federal Luiza Erundina de Souza, criou uma lei de n° 11.104/2005 que dispõem da obrigatoriedade da instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico ou qualquer unidade em regime de internação. A brinquedoteca hospitalar tem o intuito de oferecer suporte social e emocional para as crianças e seus acompanhantes diminuindo o sofrimento delas quando estão doentes e internadas, ampliando a visão em relação ao brincar, incentivando o comportamento lúdico, favorecendo o relacionamento mais estreito entre o acompanhante e a criança com a equipe de enfermagem, além de ajudar na sua recuperação. Objetivo: Analisar as publicações acerca da percepção dos profissionais de enfermagem quanto ao funcionamento da brinquedoteca hospitalar. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura brasileira, dos últimos quinze anos, publicados em português. A base de dados escolhida foi a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), e o portal de periódico online - Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Foram utilizadas as seguintes palavras chaves na busca: brinquedoteca, brinquedoteca hospitalar, enfermagem e enfermeiros, associados com operadores boleanos, em diferentes estratégias, uma vez que há poucos estudos publicados na área. A abordagem descritiva foi utilizada na análise e exposição dos resultados. Resultados: Após a leitura do material e análise, seguindo os critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos três estudos que atingem o objetivo proposto. Neles os enfermeiros relatam que a brinquedoteca hospitalar é terapêutica, tanto para as crianças, quanto para os pais, pois quando estão no espaço brincando esquecem onde estão, e adentram no mundo a sua volta, afastando-se dos medos que cercam o tratamento. Eles observaram que quanto mais as crianças brincam e se divertem, melhoram rapidamente. Conclusão: A brinquedoteca hospitalar além de ser uma ajuda para os profissionais de saúde, é uma distração para as crianças, visto que o processo de adoecimento já é uma mudança no estilo de vida delas, e ter onde brincar as ajudam a se sentirem melhor. Por isso, o lúdico deve ser cada vez mais parte do contexto hospitalar pediátrico e merece mais estudos na área.