Em situações de saúde onde o indivíduo apresenta sintomas de depressão e/ou ansiedade em intensidade suficiente para que as atividades diárias sofram interferências, porém, sem que ocorra diagnóstico formal, dá-se o nome de transtorno mental comum. Esta pesquisa teve por objetivo identificar a ocorrência de transtornos mentais comuns em estudantes de uma instituição de ensino superior no interior paulista. Trata-se de uma pesquisa transversal, de abordagem quantitativa, realizada com 462 estudantes universitários de uma instituição do interior paulista, com aplicação de questionário semiestruturado e Self-Reporting Questionnaire. Os dados foram analisados com uso de análise estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Amaral Carvalho sob parecer 2.105.047, de 7 de junho de 2017. Os dados foram analisados com uso de análise estatística descritiva. Dos 462 alunos universitários entrevistados, 164 (35,5%) apresentaram escore de classificação para caso suspeito de transtorno de humor, de ansiedade e de somatização. Considerando que a variação de pontuação para casos suspeitos é de 8 a 20 pontos, foi observado que a variação de pontuação neste estudo foi de 8 a 20 pontos, com média geral das pontuações em 5,9, e média entre os casos suspeitos de 10,6. Uma justificativa para os altos índices de transtornos mentais comuns se refere ao estilo de vida dos estudantes universitários, composto por grande quantidade de atividades obrigatórias a serem desempenhadas na universidade, além da sobrecarga, produto de uma vida dupla constituída pela pressão acadêmica e pela carga horária de trabalho. A necessidade de planejamento de estratégias de prevenção e recuperação relacionadas à ocorrência de transtornos mentais comuns nesta população é clara, tendo em vista a vulnerabilidade a qual estão expostos.