As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) integram a rede de serviços à saúde com o propósito de responder demandas de urgência e emergência ofertando atendimentos em período integral e exames de radiografia, o que propicia a procura dos usuários imediatamente após o início dos sintomas de doenças de notificação compulsória, principalmente acidentes antirrábicos, e acidentes de trabalho, observa-se que muitas doenças são subnotificadas devido ao despreparo dos profissionais e para responder essa demanda foi criado o Núcleo de Saúde Coletiva (NSC). Consonante com os princípios do SUS e com a finalidade de qualificar a assistência formando uma ponte de ligação entre o usuário, trabalhador e vigilância do município, o NSC objetiva capacitar os profissionais da unidade, realizar discussão de casos, criar instrumentos para análise de dados epidemiológicos e elaborar estratégias para atender às necessidades do serviço de vigilância na perspectiva de uma unidade essencialmente inclinada para demandas agudas ou doenças crônicas agudizadas. A experiência foi realizada na UPA Pe. Anchieta, através de encontros e mudanças nos processos de trabalho, conscientização da importância do momento da consulta para considerar as questões epidemiológicas, elaboração e divulgação de novos fluxos de atendimentos específicos, revisão das notificações preenchidas, informes que auxiliam na realização das orientações para o paciente e treinamento do NSC para registrar as vacinas aplicadas na plataforma do governo chamada SIPNI. Contemplar tais questões dentro de uma UPA tem o grande desafio de sensibilizar os profissionais quanto a importância da sua atuação na identificação de doenças precocemente corroborando para interrupção na cadeia de transmissão, mas com o trabalho do NSC foi possível desenvolver um instrumento, planilha digital, que permite analisar dados, controlar notificações e identificar pontos a serem trabalhados na equipe. O trabalho do NSC tem sido muito bom para unidade pois vem registrando um aumento no número de notificações e sensibilidade dos profissionais para as questões epidemiológicas, além do início de novas atividades que antes não eram realizadas. REFERÊNCIAS: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Brasil: Diretrizes para UPAS. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/upa/diretrizes-upa-24h. Acesso em: 10 abr. 2018.