Introdução: O interesse pelas práticas integrativas e complementares na saúde vem aumentado, principalmente entre pacientes oncológicos, que buscam uma melhor qualidade de vida e algumas alternativas para amenizar os efeitos colaterais do tratamento convencional. Neste contexto, as terapias complementares (TC), por incorporarem práticas humanizadas em sua aplicação, adquirem forte significado cultural e psicológico ao paciente oncológico, por se constituírem em alternativa de possibilidades de cuidado coadjuvantes do tratamento convencional, a uma doença ainda por muitos, associada ao sofrimento e morte. Instituída como Política Pública em 2006 no Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), foi criada com a finalidade de atender às diretrizes e indicações de várias Conferências Nacionais de Saúde e às recomendações da OMS. Foi aprovada em fevereiro de 2006 e publicada na forma de Portaria Ministerial n. 971 em 03 de maio de 2006 (BRASIL, 2006). Objetivo: Caracterizar as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) utilizadas no tratamento do paciente oncológico, a partir das publicações científicas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, indexada nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF e Coleciona SUS, no período de 2007 a 2017. Amostra Inicial MEDLINE 59 artigos; LILACS 6 artigos; BDENF 3 artigos; COLECIONA SUS 1 artigo, num total de 69 artigos. Trabalhos excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão, 07 artigos. Amostra final, total: 62 artigos. Resultados: Foram identificados 62 trabalhos publicados em revistas de circulação nacional e internacional: MEDLINE (59- 88,7 %), LILACS (4- 6,5%), BDENF (3 – 4,8 %). As maiores publicações foram em 2012 (17) e 2010(11). As principais PICs descritas no tratamento oncológico foram: acupuntura, relaxamento, fitoterapia e homeopatia. Conclusão: Observamos explicitamente no estudo, a utilização das PICs como tratamento complementar aos tratamentos convencionais pelos pacientes oncológicos. No entanto, ainda há por parte dos profissionais de enfermagem, uma grande lacuna envolvendo concepções e práticas em torno das PICs. Espera-se estimular nesses profissionais a busca científica a partir da discussão da aplicabilidade das PICs no tratamento oncológico, bem como encorajar sua aplicabilidade em seus cotidianos de trabalho.