Introdução: O enfermeiro com especialização em Obstetrícia tem sido valorizado, por exercer um papel imprescindível na atenção durante o ciclo gravídico-puerperal e por participar ativamente na formulação e desenvolvimento de políticas relacionadas à saúde da mulher. relatar tanto os processos de inserção e evolução da Enfermagem Obstétrica no estado de Sergipe quanto a participação dos enfermeiros obstétricos em movimentos organizados dessa categoria.Reconhecendo essa importância, o Ministério da Saúde (MS) implantou e financiou Cursos de Especialização em Enfermagem Obstétrica (CEEO) em todo o país, a partir de 1999. Desse ano até 2004 haviam sido ministrados 76 CEEO, especializando 1.366 enfermeiros obstétricos (EO). A hipótese, que norteou o MS na concepção desses cursos, foi que EO melhor capacitados, exerceriam suas atividades humanizadas com base nas diretrizes do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), respaldado pelas Portarias GM/569, 570, 571 e 572/2000.Objetivos: relatar tanto os processos de inserção e evolução da Enfermagem Obstétrica no estado de Sergipe quanto a participação dos enfermeiros obstétricos em movimentos organizados dessa categoria. Metodologia: trata-se de estudo descritivo de abordagem qualitativa. Foram depoentes 19 enfermeiros obstétricos. Resultados: as narrativas coletadas por meio da técnica de História Oral Temática revelaram que desde o ano de 2001 essa especialidade é ofertada em Sergipe em modalidades distintas. A titulação de um expressivo número de enfermeiros obstétricos despertou para a necessidade de criação da ABENFO/SE. Considerações finais: apesar da relevância atual da Enfermagem Obstétrica, a literatura consultada limita-se às discussões dos saberes e fazeres desses profissionais. Sugere-se aprofundamento deste estudo, traçando-se paralelos entre as distintas modalidades de especialização em Enfermagem Obstétrica e estabelecendo-se comparativos com estudos semelhantes que analisem a realidade desta formação em outros estados.