Considerado como protagonista de todo o processo da doação de órgãos, o enfermeiro tramita por diversas redes interinstitucionais mobilizando uma vasta gama de profissionais articulados entre si, na iminência da efetivação do transplante. É sob sua supervisão que todos os cuidados são dispensados na manutenção hemodinâmica do potencial doador, também na coordenação e planejamento de todo o processo facilitando o trâmite entre as equipes transplantadoras e clínica, após já ter realizado a notificação compulsória a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos. Diante do número elevado de pessoas que necessitam ser transplantadas no país, é de suma importância ao profissional Enfermeiro conhecer as etapas que permeiam esse processo para que diante de uma possível doação, as possibilidades não sejam indevidamente perdidas, para isso, objetivou-se descrever a integralidade da atuação do enfermeiro a fim de verificar suas habilidades no manuseio com o potencial doador, e nos diversos entraves vivenciados em seu meio de trabalho. Esta revisão bibliográfica, descritiva com abordagem qualitativa, teve a análise crítica para o confronto de ideias obtendo como resultado assuntos referentes à assistência de enfermagem, aspectos emocionais dos profissionais e familiares, da insuficiência dos recursos financeiros, e algumas atribuições do enfermeiro. Tornou-se evidenciado as dificuldades enfrentadas pela enfermagem em seus mais variados sentidos tendo o subfinanciamento como o principal fator impeditivo de situações passíveis de mudanças como na aquisição deficitária de insumos básicos à prática da assistência, trazendo prejuízos emocionais e psicológicos aos profissionais da enfermagem que se utilizam de diversas manobras e estratégias para manter em equilíbrio suas aptidões na tentativa de desempenhar suas funções laborais sem o mínimo de prejuízo possível.