Introdução: A segurança do paciente é considerada pela literatura um elemento essencial na qualidade de cuidados em saúde e refere-se diretamente ao baixo índice de eventos adversos. Uma das causas dos dados alarmantes desses erros evitáveis é a Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), na qual ocasiona piora do quadro clínico do paciente e gera custos maiores ao hospital. O enfermeiro executa um papel fundamental na prevenção da IRAS, e é o principal responsável por realizar a educação em saúde em ações preventivas sobre a temática para os pacientes e acompanhantes. Concomitante a isso, alguns autores retratam que fazer com que os acompanhantes coloquem em prática todo o entendimento deles em relação as orientações recebidas pelos profissionais, o índice de IRAS reduziria. Objetivos: Avaliar a segurança do paciente frente aos riscos de IRAS com foco no acompanhante no setor de Clínica Médica em um hospital público de Manaus. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada na Fundação Hospital Adriano Jorge, no setor de Clínica Médica. Participaram do estudo 20 acompanhantes dos pacientes internados neste setor e foi utilizado um roteiro de observação participante e um semiestruturado para entrevista a fim de realizar a análise e leitura crítica e reflexiva dos dados, obedecendo os princípios éticos. Resultados: Em relação aos possíveis riscos de IRAS, observou-se vários fatores que podem mediá-la. Na entrevista, a maioria dos entrevistados possuíram um conhecimento superficial e declararam não ter recebido orientações quanto a prevenção da IRAS. Todos afirmaram que é de suma importância receber informações sobre IRAS, porém alguns relataram não saber se podem preveni-las. Quase todos manuseiam outros pacientes com finalidade de ajudar e destes, apenas dois lavam as mãos após isso. A lavagem das mãos foi a medida preventiva mais citada entre os participantes devido a placa ilustrativa sobre maneira correta de lavar as mãos na enfermaria, e isso mostra a influência positiva em intervir com ações preventivas com foco no acompanhante como um mediador da segurança do paciente. Conclusão: Constatou-se que o tema IRAS é pouco orientado e compreendido, consequentemente, medidas profiláticas são pouco praticadas. Com isso, ressalta-se a importância de envolver os acompanhantes nas ações voltadas a redução de riscos contra a IRAS para assim promover a segurança do paciente e a melhoria da qualidade de assistência prestada pela equipe de saúde.