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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
CUIDADOS DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PESQUISA-AÇÃO COM TRABALHADORES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Relatoria:
EDIRLEI MACHADO DOS SANTOS
Autores:
  • Euflosina Silveira da Silva
  • Helca Franciolli Teixeira Reis
  • Teresa Cristina da Silva Kurimoto
  • Anneliese Domingues Wysocki
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A produção de cuidados em saúde mental nos serviços primários de saúde tem sido enfatizada desde a década de 1990. Uma atenção à saúde permeada por ações que contribuem com a saúde mental de pessoas contribuem para a integralidade da atenção dispensada aos usuários e emerge como possibilidade de fortalecimento dos serviços, especialmente, nos serviços de saúde da família enquanto componente das redes de atenção à saúde. Objetivou-se compreender como os trabalhadores da Estratégia Saúde da Família percebem o desenvolvimento de ações de saúde mental na Atenção Primária à Saúde. Pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, em que foi empregado como referencial metodológico a pesquisa-ação, como técnica de coleta de dados apoiou-se no grupo focal. Os dados foram analisados a partir da técnica de Análise Temática. Participaram do grupo focal 08 trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família do município de Vitória da Conquista, Bahia. Depreenderam-se três categorias temáticas: 1-Multiversos olhares sobre o cuidado em saúde mental; 2- Obstáculos à saúde mental na Atenção Primária à Saúde, e suas subcategorias (Culpabilização da Pessoa com Sofrimento Mental x Rede de cuidado; Fragilidades na formação do profissional e Potencialidades x Despreparo familiar) e; 3-Perspectivas de cuidado em saúde mental. Como contribuição e parte da pesquisa, elaborou-se uma oficina intitulada: Oficina de saúde mental na Estratégia de Saúde da Família: uma aproximação prática, a fim de potencializar/instrumentalizar os trabalhadores para o desenvolvimento de ações de saúde mental na Atenção Primária à Saúde. A pesquisa revelou o despreparo dos trabalhadores em identificar pessoas com sofrimento mental e incluir a produção de ações de cuidado em saúde mental voltada aos usuários/famílias do território. Ademais, observou-se a persistência de um processo de trabalho pautado por fortes evidências do modelo biomédico nas ações desenvolvidas pelos trabalhadores participantes do estudo. A partir dos dados analisados, acredita-se que a instituição de espaços de construção de conhecimento sejam fundamentais para o enfrentamento do despreparo identificado e, que a problematização da realidade vivenciada emerge como possibilidade de modificação do modelo assistencial, tornando-o capaz de produzir um cuidado em sintonia com o pressupostos da integralidade da atenção à saúde e da Política Nacional de Saúde Mental.