Introdução: O suicídio, ou autocídio, ainda é visto como tabu na sociedade. A abordagem ao tema é por vezes negligenciada, pelo medo ou mesmo pela falta de conhecimento de educadores e profissionais da saúde ao abordar a temática. Estima- se que cerca de 800 mil pessoas tenham cometido suicídio no ano de 2015 a nível mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde. Ademais, o autocídio têm sido apontado como a segunda causa de morte entre os estudantes universitários. Objetivos: Relatar a experiência com um projeto de intervenção sobre prevenção ao suicídio e valorização da vida no âmbito universitário. Metodologia: Trata-se de um relato de vivência de discentes e docentes de uma Universidade Federal do Nordeste do Brasil, desenvolvido no período de 2016-2017, cujas atividades tiveram com público-alvo estudantes universitários da instituição. Resultados: O projeto oportunizou espaços de escuta, acolhimento, terapias comunitárias, proporcionando ambiente acolhedor a quem estava necessitando, além de atividades lúdicas, rodas de conversa, peças de teatro, oficinas de artesanato e de maquiagem, palestras, dentre outras. As rodas de conversas funcionam como uma ferramenta de baixo custo e de fácil implantação nas universidades, atinge os objetivos de maneira satisfatória, ao tempo em que proporciona um ambiente relaxante, de conhecimento e troca de experiências. Além disso, a partir da observância dos discursos dos participantes foi possível perceber que antes do projeto alguns membros, apesar de possuírem algum conhecimento sobre o tema, tinham o sentimento de que toda essa problemática não pertencia à realidade diária. Assim, o projeto possibilitou expandir o entendimento do grupo acerca da problemática e, especialmente, proporcionou habilidades para reconhecer os fatores de risco e de proteção, com vistas a ajudar positivamente as pessoas em sofrimento. Conclusão: O projeto contribuiu para ampliar os conhecimentos dos participantes sobre as estratégias de manejo e prevenção ao suicídio, como também propiciou a formação de laços de confiança, empatia e amizade entre os membros, ampliando o diálogo sobre as aflições e angústias, aliviando a pressão e o estresse vivenciados e, por conseguinte, elevando o bem-estar.