Sou enfermeira assistencial e membro do Núcleo de Educação Permanente do Pronto Atendimento (PA) Vila Padre Anchieta, localizada no município de Campinas, São Paulo, atendendo em torno 200 pacientes adultos por dia e 100 pacientes pediátricos. Ao longo das minhas trajetórias acadêmica e profissional, confesso que o tema qualidade e segurança foram abordados superficialmente, de maneira sutil, sem tanta importância. Através das metodologias ativas empregadas no Curso de QSCP, pude expandir não só meu conhecimento sobre o tema do curso, mas pude ver o quão grande é a minha capacidade de gerar mudanças e de influenciar pessoas para o lado da qualificação da assistência de enfermagem. Entendi que sou uma agente transformadora e que através da minha motivação eu posso contagiar meus colegas e gestão. Numa atividade no Grupo Diversidade, o TBL sobre Protocolos Básicos da PNSP, nosso grupo desenvolveu um produto sobre o Protocolo de Identificação do Paciente. Durante a atividade, percebi a importância da correta identificação do paciente na unidade de saúde, e vi que na minha unidade esse aspecto da cultura de segurança era negligenciado. Como membro do NEP, em julho de 2016 desenvolvi um instrumento de identificação dos leitos dos pacientes internados e iniciei o processo, junto a Prefeitura Municipal de Campinas, da solicitação de aquisição de pulseiras de identificação. Apesar da correria dos plantões numa unidade de Pronto Atendimento, está havendo sucesso no processo de identificação dos leitos, acendendo a chama para a elaboração de um protocolo de identificação dos pacientes da unidade. Os enfermeiros estão realizando a identificação corretamente e a equipe técnica reconhecesse a importância deste processo, fazendo a manutenção das placas e sinalizando as alterações que os enfermeiros precisam realizar. Ser pioneira no processo de identificação do paciente no PA Padre Anchieta é a grande riqueza da minha trajetória e o legado que o curso deixará na minha vida e na vida de tantos outros (colegas de curso, pacientes, profissionais e gestão). O ser enfermeiro não é somente cumprir as atribuições engessadas da função, acredito que ser enfermeiro é ir além, enxergar o que ninguém mais vê e não se acomodar no discurso de que sem verba não há qualidade e segurança.