A icterícia é uma alteração bastante comum em recém-nascidos a termo (RNTs) e em prematuros (RNPTs). Existem dois tipos de icterícia: a fisiológica e a patológica sendo essencial distingui-las para que o tratamento seja correto e eficaz. A icterícia fisiológica é a que ocorre com mais frequência em aproximadamente todos os RNs saudáveis a termos, e ela acontece devido à imaturidade do fígado para excretar a bilirrubina em excesso. Geralmente a icterícia decorre de um aumento da fração indireta da bilirrubina e apresenta uma evolução benigna. Porém, um número reduzido de pacientes com níveis críticos elevados de BI pode desenvolver a encefalopatia bilirrubínica, que durante o exame anátomo-patólogico é caracterizado pela coloração amarelada dos núcleos da base, denominada de “kernicterus”, que é uma icterícia patológica. O objetivo é descrever a definição da icterícia neonatal, bem como os tipos de tratamento e a importância da enfermagem na assistência ao RN com essa alteração. A metodologia trata-se de uma revisão integrativa, onde foram utilizados 8 artigos, correspondentes aos anos de 2010-2016, encontrados nas plataformas de dados SCIELO e LILACS. Como resultados, vimos que o diagnóstico da icterícia pode ser obtido através da dosagem de bilirrubina total, a qual deve ser feita, de preferência, com o uso do bilirrubinômetro, pois apresenta menor volume, resultado mais rápido e melhor reprodutividade. O tratamento da icterícia neonatal envolve procedimentos como: a transfusão de sangue ou plasma (exsanguineotransfusão), aplicação de albumina, drogas e a fototerapia. As metas de enfermagem para os portadores da doença e sua família, incluem em reduzir os níveis séricos de bilirrubina do recém-nascido através de uma terapia apropriada, o recém-nascido não deverá ter complicações decorrentes da terapia, a família deve receber sempre apoio emocional. Conclui-se que o conhecimento do profissional enfermeiro na assistência ao RN com icterícia neonatal é de extrema importância, pois o mesmo desempenha uma assistência de forma direta ou indireta a cerca da patologia e cuidados prestados durante o processo de tratamento, evolução e avaliação do recém-nascido.