Introdução: O guia de Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) em Pediatria é uma tecnologia de avaliação clínica, válido e confiável, capaz de avaliar a criança segundo os discriminadores de risco (alteração respiratória, comprometimento hemodinâmica, alteração no nível de consciência, dor e alteração hidroeletrolítica) caracterizados por queixa principal e indicador clínico (VERAS, 2016). Objetivos: Verificar a associação entre a Classificação de Risco e os discriminadores de risco das crianças atendidas em um hospital de emergência. Metodologia: Trata-se de uma abordagem quantitativa realizado com 400 crianças, em um hospital pediátrico na cidade de Fortaleza-CE, no ano de 2016. Os dados foram coletados através do Guia de ACCR em pediatria com Indice de Validade de Conteúdo 0,98 e confiabilidade interobservador quase perfeita (Kappa=0,774; p<0,001) e um formulário sóciodemográfico. Os dados foram analisados através do programa SPSS 20.0 com aprovação no comitê de ética. Resultados: Das 400 crianças participantes do estudo, 215 (53,7%) era do sexo feminino, com idade entre 1 e 5 anos (192; 48%) e peso adequado para a idade (312-78%). Houve associação estatisticamente significante entre a classificação de risco e o discriminador de risco (p=0,0001) confirmando o indicador de risco como confiável em prever a classificação de risco. Prevaleceu o discriminador de risco alteração respiratória (207; 51,8%) na classificação de risco verde (117; 56,5%). As queixas principais relatadas com maior frequência foram “Sintomas gripais com dispneia leve” (146; 36,5%) com classificação de risco cor verde, seguida pela queixa “Dispneia moderada a Leve” (47; 11,8%) na cor amarela. Já os indicadores clínicos mais prevalentes foram a “Tosse produtiva com rinorreia purulenta” (116; 29%), seguida da febre denominada no guia por “Afebril ou história de febre” (69; 17,3%), sendo ambas na cor verde. Conclusão: Conclui-se que o Guia de ACCR em pediatria é um instrumento confiável, válido, capaz de acolher o paciente e avaliar sua situação clínica, permitindo assim, uma ordenação e orientação da assistência e possibilitando um atendimento de qualidade. Referências:1. VERAS, J.E. Validação do guia de acolhimento com classificação de risco em pediatria na prática clínica. Tese (doutorado). Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Fortaleza/2016. 157f.