INTRODUÇÃO: As úlceras venosas atingem um equivalente de 70 a 90% de todas as úlceras de membros inferiores, acometendo-se, principalmente, as extremidades desses. Relacionadas com a ineficiência do sistema arterial e venoso, são consideradas a complicação mais grave da insuficiência venosa crônica. Presentes com mais frequência no sexo feminino, sua incidência cresce com a idade e sua prevalência aumenta nos idosos, já considerado um problema de saúde pública. OBJETIVO: Sumarizar a produção científica acerca dos cuidados de enfermagem para a pessoa com úlcera venosa. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em julho de 2017, nas bases de dados Biblioteca Virtual da Saúde. Os descritores “úlcera varicosa” “cuidados de enfermagem” e “tratamento” foram cruzados com o operador booleano AND e extraídos do Banco de Dados de Enfermagem – BDENF, Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica – MEDLINE, considerando o período de publicação entre 2012 e 2017. Dos 24 trabalhos encontrados, nove foram utilizados para a construção do trabalho com idiomas em português, inglês e espanhol, datados de 2014 e 2016. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com os dados analisados, percebe-se que, independentemente do tipo de tratamento escolhido, o papel do enfermeiro enquanto promotor da saúde se faz fundamental para alcançar a melhora ou a cura da doença, pois levantar dados, diagnosticar, planejar, implementar e avaliar requer conhecimento científico concernentes a fisiopatologia em questão e autonomia para executar o trabalho, e todo enfermeiro generalista é preparado para tal ofício, entretanto, uma minoria deixa a desejar. Além disso, os tipos de tratamentos escolhidos variam desde o farmacológico a os não-farmacológico como antibioticoterapia, musicoterapias, laserterapia e apoio emocional ao paciente e a família, com maior escolha o tratamento compressivo com bandagem. CONCLUSÃO: Os cuidados de enfermagem são centrados no paciente, com visibilidade a este profissional que, a cada dia, ganha mais espaço no âmbito do tratamento de feridas. Contudo, ainda há muita negligência no cuidados a estas pessoas, seja por despreparo dos profissionais, sobrecarga dos serviços de saúde ou escassez de políticas que inclua o paciente que sofre com a insuficiência venosa crônica.