Os Agentes Comunitário de Saúde (ACS) são atores centrais para o bom funcionamento da ESF, haja visto que desenvolvem ações de acompanhamento de programas de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades, orientações sobre o uso do sistema de saúde, ações educativas e também a adscrição das pessoas da microárea (BRASIL, 2012). Apesar da importância desses profissionais, existe um sentimento de desvalorização por parte dos mesmos, advindo de fatores como o não reconhecimento de sua função, comparativamente a outros profissionais da saúde. (GUANAES-LORENZI; PINHEIRO, 2016). OBJETIVO: Promover a valorização do profissional através de dinâmicas e a autorreflexão do quanto o ACS é importante para a equipe e a comunidade. METODOLOGIA: Foi realizada uma ação pelos discentes do 8º semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, durante o módulo Administração e Organização dos serviços de saúde II, com ACS, em uma UBSF da cidade de Campo Grande – MS. A ação foi efetivada por meio de uma atividade de educação em saúde realizada com 20 ACS. RESULTADOS: Em um primeiro momento foi utilizada a dinâmica tempestade de ideias tendo como tema a função do ACS. No segundo momento, foram feitas afirmativas de verdadeiro ou falso, e os participantes deveriam explicar as alternativas erradas, explanando seu ponto de vista sobre a alternativa correta e debatendo as alternativas erradas. No último momento, abordamos os relatos referidos nos dois primeiros momentos, enfatizando sobre a importância do ACS na comunidade e a sua comunicação com a equipe. Ao final, foi observado que os ACS identificam sua real função e sua importância, entretanto sentem que a equipe e a população não os reconhecem em sua totalidade. Para alterar esse fator na comunidade, foi elaborado um banner sobre a importância de respeitar o ACS. CONCLUSÃO: Embora os ACS saibam a importância de seu trabalho para o desenvolvimento da unidade de saúde e a comunidade e quais são os papéis que devem desenvolver, foi percebido ainda a falta de empoderamento ao se portar diante do restante da equipe pela falta de reconhecimento, e que a baixa autoestima diante à comunidade se deve ao fato da má recepção que os agentes recebem da população. Concluímos também que ações devem ser realizadas pelo enfermeiro da unidade de forma contínua, a fim de motivá-los.