Introdução: A AIDS é considerada um grave problema de saúde pública que tem acometido um grande número de pessoas pelo mundo. Estima-se que em 2012 em todo o mundo havia 35,3 milhões de pessoas com HIV e 1,6 milhões de mortes relacionadas à AIDS e uma taxa de 2,3 milhões de novas infecções. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico, clínico e de hábitos de vida de pessoas com AIDS. Metodologia: Estudo descritivo, transversal e com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por 331 pessoas soropositivas, com idade superior a 18 anos, com condições cognitivas para responder ao formulário de pesquisa e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram coletados através de um formulário de pesquisa contendo perguntas, contendo dados sociodemográficos, clínicos e hábitos de vida e aspectos relacionados ao tratamento. Para a análise dos dados, obtidos a partir do formulário, foi elaborada uma planilha no programa Excel for Windows 2010, validada, conferida e transportada para o programa estatístico Statistical Package of Social Sciences e a análise fundou-se na estatística descritiva dos dados. A pesquisa obteve anuência do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Resultados: Os homens são os mais afetados pelo HIV/AIDS (52%), embora o número de mulheres venha crescendo significativamente (48%), a faixa etária da população varia entre 20 e 63 anos de idade, com predominância de jovens entre 20 e 30 anos. Quanto ao perfil social o maior número de casos predomina nas zonas urbanizadas, porém é importante destacar o crescimento do número de casos das zonas menos urbanizadas. O grau de instrução e a renda da população são baixos, a maioria com escolaridade inferior a nove anos, de cor parda, solteiros sem companheiros, heterossexuais com renda abaixo de um salário mínimo. Conclusão: O perfil da população estudada revelou tendência de feminilização e interiorização, predomínio de casos entre jovens, pauperização, heterossexualização e maior frequência entre pardos, sem companheiros e católicos. Em relação aos aspectos clínicos, o efeito colateral no início do tratamento constitui uma das principais causas do abandono da terapia antirretroviral.