INTRODUÇÃO: Em 2010, o Brasil foi classificado como o sexto país detentor de maiores taxas de letalidade no trânsito. Dentre as possíveis causas de acidentes encontra-se a não adesão ao uso dos equipamentos de segurança, como o cinto e o capacete. OBJETIVOS: Mediante este contexto, objetivou-se averiguar a adesão ao uso do cinto de segurança e de capacete em população do interior do nordeste do Brasil. METODOLOGIA: Realizou-se estudo transversal, através de inquérito domiciliar de natureza explicativa, no município de Caraúbas, Mesorregião Oeste Potiguar. Foram incluídos 3.482 domicílios, incluindo indivíduos maiores de 18 anos, os quais responderam à questionário de múltiplas escolhas em formato likert. Realizou-se o teste do qui-quadrado para investigar a associação entre o uso dos equipamentos de segurança no trânsito e as variáveis elencadas no estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Constatou-se maior uso de cinto de segurança e/ou capacete pelos participantes da zona urbana, do sexo masculino, donos de automóveis, em faixa etária produtiva, com maior grau de instrução e renda mais elevada. Além disso, a adoção do cinto de segurança entre os indivíduos foi avaliado como um fator facilitador da adesão também ao capacete. Contudo, ainda que consideradas as diferenças, os achados demonstraram baixa adesão em todos os estratos. CONCLUSÃO: A realidade investigada assemelhou-se aos cenários das grandes cidades brasileiras, pressupondo a necessidade de medidas como sistemas de lembretes nos meios de locomoção e fiscalização embasada no fortalecimento da educação para o trânsito.