INTRODUÇÃO: A dengue pode ser assintomática ou sintomática quando causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, podendo variar desde formas oligossintomáticas até quadros graves, evoluindo para o óbito. A classificação é retrospectiva e, para sua realização, devem ser reunidas todas as informações clínicas, laboratoriais e epidemiológicas do paciente (BRASIL, 2016). OBJETIVO: Descrever sobre a classificação final da dengue em um município no interior do Estado de Mato Grosso de 2002 a 2016. METODOLOGIA: Estudo do tipo transversal com abordagem quantitativa e descritiva. A fonte de dados foi secundária de acesso público do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de casos novos de dengue em Rondonópolis-MT de 2002 a 2016. Foram inclusos todos os casos notificados, excluindo aqueles incompletos. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva com uso de frequências simples e absoluta e auxílio do software R. Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 54226316.1.0000.5541). RESULTADOS: Foram notificados n=19909 casos no período estudado, tendo prevalência da dengue clássica n=8737 (43,88%), dengue com complicação n=120 (0,60%), febre hemorrágica n=140 (0,70%), porém não foram classificadas n=10912 (54,82%). Dos casos predominantes de dengue clássica n=9719 (100%), predominou sexo feminino n=5222 (53,73%), faixa etária entre 31 a 54 anos n =3610 (37,14%), raça branca n=3345 (34,42%), residentes na zona urbana n=9386 (96,57%) e nível de escolaridade ignorado n=6394 (65,78%). CONCLUSÃO: O predomínio dos casos de dengue clássica em Rondonópolis-MT é elevado, sendo indispensável que o perfil destes casos sejam avaliados, a fim de que ações de políticas públicas de saúde por meio das equipes interdisciplinares sejam direcionadas a prevenção e controle desta doença.