O crescimento da população idosa observado mundialmente vem trazendo novas demandas para a sociedade, famílias e serviços de saúde. Algumas famílias não têm condições de cuidar de seus familiares idosos e recorrem à institucionalização dos mesmos. No entanto, muitas vezes essa alternativa não é a escolha do idoso, o que acaba acarretando sentimentos de solidão no idoso, que fica privado da convivência com sua família e suas rotinas de vida, tendo que se adaptar a uma nova realidade. Nessa perspectiva, as atividades lúdicas nesses locais são muito importantes para promover bem estar, qualidade de vida e prevenir sintomas depressivos, muito comuns nesse tipo de situações. O trabalho tem por objetivo relatar as atividades realizadas em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), desenvolvidas por meio de um projeto de extensão. A ação de extensão foi promovida pelo Instituto Federal Farroupilha, campus Santo Ângelo/RS e ocorreu no ano de 2015, tendo como coordenadora uma enfermeira docente e como participantes, alunos dos Cursos Técnicos em Enfermagem e Estética. A ILPI situa-se na região noroeste do Rio Grande do Sul e abriga em torno de 20 idosos com as mais diversas patologias e diferentes graus de dependência. A execução do projeto foi discutida com a equipe da instituição, que solicitou a realização de atividades que promovessem a ocupação, concentração, atenção, criatividade e mobilidade física dos idosos. Dessa forma, ao longo da extensão foram realizadas atividades de recreação, motoras, de artesanato, jogos e oficinas de embelezamento. Com o desenvolvimento do projeto de extensão pode-se proporcionar atividades diferenciadas aos idosos residentes da ILPI, que acabavam ficando a maior parte do tempo ociosos, potencializando ainda mais os sintomas de solidão e abandono, que é muito comum nesse tipo de local, pois muitas famílias não mantêm o vínculo familiar e afetivo com seus familiares idosos institucionalizados. Como instituição de ensino, promoveu-se o papel social, oportunizando aos alunos participantes vivenciarem situações de vida que muitas vezes não fazem parte de suas realidades. Além disso, os alunos puderam praticar o que aprendem durante o curso técnico, promovendo o bem estar e realizando um trabalho social.