O sobrepeso e a obesidade estão acometendo diretamente os caminhoneiros, e isso traz uma má qualidade de vida e ainda pode desenvolver agravos para a saúde dos mesmos. As consequências da obesidade são graves e incluem complicações como dificuldades respiratórias e doenças cardiovasculares, como diabetes e hipertensão arterial podendo levar a outros agravos e até mesmo a morte. As extenuantes jornadas de trabalho desses caminhoneiros dificultam a pratica de exercício físico e geralmente esta associada com uma alimentação não saudável. Este estudo tem por objetivo descrever o nível de obesidade através de Índice de Massa Corporal (IMC) e Circunferência Abdominal (CA) em caminhoneiros. Trata-se de uma pesquisa realizada com 227 caminhoneiros masculinos atendidos pelo projeto “INTERFACE DO CUIDADO” (CAAE: 65604317.2.0000.5587),no Auto Posto Boa Viagem no município de Barra do Garças-MT, foram respeitados os aspectos éticos em pesquisa, de acordo com a resolução 466/12, com apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos (CEP) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), através do número: 2.062.048. Para medidas antropométricas foram utilizada uma balança digital e fita métrica. Identificou-se que apenas 13% apresentaram estar dentro dos parâmetros de normalidade, 40% estão com sobrepeso, 35% estão em condição de obesidade de grau I, 10% estão com obesidade de grau II, 2% estão com obesidade mórbida. Ressalta-se ainda que, 50% apresentavam circunferência abdominal com altíssimo risco, 25% com alto risco, 12% com médio risco, 13% estavam dentro do parâmetro de normalidade. Portanto, observou-se que os caminhoneiros compõem uma classe de profissionais com estilo de vida não saudável e que as longas jornadas de trabalho influenciam o sedentarismo, levando a obesidade. Foram realizadas orientações sobre as possíveis complicações, visando a necessidade de implementar ações que possibilitem a esses motoristas conhecerem os riscos que estão expostos e, com isso, adotarem um estilo de vida adequado no dia a dia. Nesse contexto, a Enfermagem pode desempenhar o papel importante no estímulo dessas mudanças necessárias para melhorar a qualidade de vida.