INTRODUÇÃO: A adolescência é marcada por um complexo processo de crescimento e desenvolvimento biopsicossocial. Envolve transformações comportamentais, as quais tornam o adolescente vulnerável a situações, que podem comprometer a sua saúde. No Brasil, dentre estas, o uso indiscriminado de drogas, gravidez precoce, infecções sexualmente transmissíveis e violência, aumentam expressivamente em diferentes classes sociais. Assim, faz-se necessário à implementação de ações integradas de saúde para prevenção de agravos ao adolescente, conforme preconiza as políticas públicas. OBJETIVO: Objetiva-se analisar a partir da literatura as ações de enfermagem na atenção à saúde do adolescente e a prevenção de agravos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada em junho de 2017, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de dados de enfermagem (BDENF), utilizando-se os descritores ‘saúde do adolescente’ ‘assistência de enfermagem’ e ‘prevenção’, cruzados com operador booleano AND. Foram incluídos estudos teórico metodológicos, que versavam sobre as ações de enfermagem na atenção à saúde do adolescente, datados de 2013 a 2017, em português e texto na íntegra. Do total de 21 artigos, nove foram selecionados como corpus para análise. RESULTADOS E DISCUSSÕES: As ações de enfermagem para atenção à saúde do adolescente e prevenção de agravos devem estar imbuídas de atividades emancipatórias, consonantes à saúde coletiva, que se contrapõe ao modelo hegemônico de guerra às drogas e adota o modelo alternativo de redução de danos. Portanto, que contribuam para formação de cidadãos críticos reflexivos, conscientes dos seus atos e as consequências frente às suas escolhas. Ademais, as ações devem fortalecer a interação entre família, escola e o contexto religioso como subsídio para o processo de reflexão sobre a realidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apreende-se que para redução de danos à saúde do adolescente, é mister que o enfermeiro incentive a formação de pensamento crítico reflexivo e sensibilize-o a corresponsabilidade no processo saúde-doença, por meio de uma atenção qualificada, ética e resolutiva.