Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA A PARTIR DAS NORMAS TÉCNICAS DO COFEN
Relatoria:
KAOANNY JONATAS MATIAS MARQUES SILVA
Autores:
- ANTONIO CÉSAR RIBEIRO
- LUCAS DOS SANTOS RIBEIRO
- YARA NÃNNA LIMA
- Raiany Katchussa Ignatz de Andrade
Modalidade:
Pôster
Área:
Trabalho, Ética e Legislação profissional
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O enfermeiro assume na condição de detentor preeminente do saber e das prerrogativas universais do trabalho de enfermagem, as ações que requerem tomadas de decisões imediatas e de alta complexidade. A ele competem, privativamente, a organização, o planejamento e a avaliação da assistência de enfermagem, além da assunção dos cuidados mais complexos. O presente estudo tem como objetivo analisar a organização do trabalho de enfermagem e a composição quantiqualitativa do quadro de pessoal de enfermagem entre a realidade estudada e as Normas Técnicas do Conselho Federal de Enfermagem, comparativamente. É um estudo descritivo, com delineamento transversal, de abordagem qualitativa, realizado em três Unidades de Terapia Intensiva Adulta de um hospital público, em Cuiabá – MT. Os dados foram levantados a partir registros de prontuários relativos à execução da assistência de enfermagem aos pacientes internados nas UTI’s, além das escalas de dimensionamento do pessoal de enfermagem e observação de campo do tipo livre, entre Janeiro e Abril de 2016. A partir do cálculo realizado utilizando a constante de marinho, segundo à Norma Técnica específica oficial da categoria enfermagem 298/2004, pode-se observar que há um distanciamento e inadequação qualiquantitativa entre a realidade empírica e o que determina as normas legais relativas à composição das equipes, o que inclui a ilegalidade da participação dos auxiliares de enfermagem na assistência ao paciente que requer cuidados intensivos. Identificou-se ausência de registros de prontuários pelos enfermeiros relativos à execução da assistência de enfermagem, como história/exame físico, diagnóstico, cuidados e evolução de enfermagem e ainda um check list, sendo que este quando preenchido, é realizado pelo técnico de enfermagem. Frente ao constatado, resta considerar, para além da insuficiência numérica dos profissionais de enfermagem, que o serviço assume a secundarização do trabalho da enfermagem/enfermeiro na assistência em terapia intensiva. Frente ao evidenciado, é alarmante o número reduzido de enfermeiro, impossibilitando uma atuação tecnicamente correta, o que sugere um processo de assistência cuja maior referência está centrada na prescrição médica e nas rotinas, deixando evidente a baixa institucionalidade das normas técnicas da enfermagem brasileira.