Introdução: A saúde sexual ainda é envolta em preconceitos, sendo pouco discutida e tratada, muitas vezes, como algo que não deve ser abordado, especialmente quando se trata da saúde sexual da população jovem. As Infecções Sexualmente Transmissíveis têm se tornado cada vez mais frequentes no meio jovem por falta de conhecimento, uso descontinuado do preservativo e não acompanhamento regular com profissional de saúde.Objetivo: Identificar o comportamento sexual e os cuidados com a saúde sexual entre estudantes universitárias.Metodologia: Estudo descritivo e quantitativo, realizado em 2014/2015, de uma Universidade pública do Estado do Rio de Janeiro, com uma amostra de 255 jovens dos cursos de Enfermagem e Educação Física. Os dados foram analisados com aplicação da estatística descritiva. Desse grupo foram extraídas as mulheres sexualmente ativas, totalizando 123 participantes. Respeitaram-se todos os procedimentos éticos para a realização do estudo.Resultado: Os dados evidenciam que as jovens estão na faixa etária de 18-23 anos (86,2%), são brancas (43,9%), católicas (40,7%), iniciaram a vida sexual com idades entre 16 e 18 anos (53,7%). Em relação à situação conjugal, 57,7% só namoram e 38,5% não tem companheiro ou relacionamento. Quanto ao uso de preservativo 67,5% empregaram na primeira relação e atualmente 54,5% sempre usam preservativos. No grupo 83% na faixa etária de 18-23 anos realizaram atendimento ginecológico e o exame de Papanicolau nos dois últimos anos.Conclusão: No grupo investigado observa-se que existe um quantitativo expressivo de mulheres que não adotam o preservativo de modo regular e continuo. Embora tenham buscado atendimento ginecológico, o uso descontinuado do preservativo por um quantitativo expressivo de estudantes configura um comportamento de risco e contribui para o aumento da ocorrência de Infecções Sexualmente Transmissíveis entre os jovens.