INTRODUÇÃO: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, apresenta-se através de evolução lenta e manifestações dermatoneurológicas. Causa forte estigma e preconceito por parte da sociedade em relação ao paciente com hanseníase e afeta sua vida em vários aspectos ao alterar suas necessidades humanas básicas (NHB). As NHB são consideradas hierárquicas de acordo com a pirâmide de Maslow e devem se manter em equilíbrio para que haja possibilidade de alcançar os níveis mais altos, são classificados como: Necessidades fisiológicas; de segurança; de amor/ e ou sociais; de estima; e de autorrealização. OBJETIVO: Identificar nas consultas de enfermagem que NHB alteradas os pacientes mais referem ao profissional. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência acadêmica desenvolvido durante as aulas práticas da unidade temática de Endemias da Amazônia, no período de setembro de 2015 em uma Unidade Básica de Saúde em Belém-PA. Foi observado o atendimento dos pacientes portadores de hanseníase. RESULTADOS: A maioria dos pacientes relatou baixa autoestima devido às manchas e nódulos na pele decorrentes da doença. Também referiram isolamento social por medo que os amigos e ou família descobrissem a doença que possuíam e dessa forma haver preconceito. O enfermeiro orientou sobre o tratamento e involução das lesões, referiu a importância de relatar à família o diagnóstico e encaminhou alguns dos pacientes para consulta com o psicólogo. CONCLUSÃO: A assistência ao paciente com hanseníase deve iniciar desde a chegada do usuário ao serviço de saúde até o término do tratamento. O profissional deve estabelecer boa comunicação, garantindo a liberdade de expressão do paciente quanto às suas queixas e angústias. O enfermeiro precisa informar, tranquilizar, desmistificar tabus e resgatar a autoestima do paciente através da educação em saúde no processo de cuidar, fazendo da consulta de enfermagem um ambiente adequado para a troca de experiências e garantindo assistência que atenda às suas necessidades.