Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
CARGAS DE TRABALHO DO GESTOR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Relatoria:
MARIANA MENDES
Autores:
- LETICIA DE LIMA TRINDADE
- DIRCÉIA BORGES FERNANDES
- DENISE ELVIRA PIRES DE PIRES
- JACKS SORATTO
- ELAINE CRISTINA NOVATZKI FORTE
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Resumo: A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca reorganizar a prática da atenção à saúde no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerada a principal fonte de informação para os gestores municipais. Os gestores da Saúde da Família (SF) atuam frente às demandas das equipes, exercem atividades assistenciais e se corresponsabilizam com a implantação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). A complexidade e os desafios do cotidiano destes gestores, interferem em suas cargas de trabalho. Define-se neste estudo cargas de trabalho como os elementos do processo de trabalho que interatuam entre si e com o corpo do trabalhador traduzindo-se em desgaste, ancorado no referencial teórico de Laurell e Noriega. Método: o objetivo geral desta pesquisa é analisar os elementos presentes no processo de trabalho dos gestores da ESF que contribuem para aumentar e diminuir as cargas de trabalho desses profissionais. Estudo descritivo e qualitativo alicerçado na Teoria do Processo de Trabalho. O cenário foi composto por 12 municípios da 7ª Regional de Saúde (RS) e os participantes foram incluídos por: ser gestor da ESF; formalmente reconhecido pela secretaria municipal do município e estar no cargo por ao menos um ano. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, observações e análise documental, no período entre dezembro de 2015 a março de 2016. Na análise utilizou-se o software Atlas.ti 7.0 orientado e associado à Análise Temática. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa sob o n. 1.355.565/2015. Resultados e discussões: Os principais elementos que aumentam as cargas de trabalho dos gestores são: alta demanda associado a insuficiência dos profissionais, limitações para realizar atendimento em ambiente rural, necessidade de adaptação para atender os quesitos do PMAQ, a sobrecarga de trabalho e falta de estrutura física/recursos. Os elementos que reduzem as cargas de trabalho são o planejamento das ações, a organização do serviço decorrentes da implantação do PMAQ, o trabalho em equipe e o bom relacionamento interpessoal e intersetorial e a autonomia. Conclui-se que as cargas de trabalho possuem relação com as características da localização dos municípios e as condições de cada serviço. Sugere-se que sejam ampliadas as estratégias para melhorar as condições de trabalho para os coordenadores e equipes de SF e maior investimento na qualificação dos gestores para atuação no SUS.