Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
PANORAMA DA MORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EM MULHERES NO AMAZONAS
Relatoria:
MICHEL DOS SANTOS DOMINGOS
Autores:
- Bianca Pires dos Santos
- Sibila Lilian Osis
Modalidade:
Pôster
Área:
Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a primeira causa de óbitos em adultos no Brasil, e a terceira no mundo, dividindo-se em isquêmico e hemorrágico. Os fatores de risco são a idade, doenças crônicas, tabagismo, etilismo, sedentarismo, sexo, raça e má alimentação. Objetivos: Descrever a epidemiologia de óbitos em mulheres acometidas por acidente vascular encefálico no Amazonas, no período de 1996 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo observacional, por meio de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados no banco de dados do DATASUS. Foi analisada a prevalência da mortalidade por AVE (CID – 10: I60, I61, I61, I62, I63, I64) em mulheres residentes no Amazonas, no período de 1996 a 2015, quanto às variáveis de faixa etárias, cor/raça, e estado civil. Resultados: No período de 1996 a 2015 foram registrados 3.558 casos de óbitos por AVE no Estado do Amazonas, o ano de 1999 teve a menor quantidade com 168 (4,7%%). Esse valor aumentou gradualmente, atingindo seu ápice em 2014 com 367 (10,3%) casos. A faixa etária mais acometida foi a idade igual ou superior a 60 anos [OR= 1.46 (1.32–1.58) p= <0,001], sendo identificado uma menor chance a idade abaixo de 19 anos [OR= 0.10 (0.06–0.15) p= <0,001] e entre 20 a 59 anos [OR= 0.92 (0.88–0.98) p= <0,046]. Na comparação de cor/raça, a amarela apresentou OR= 1.53 (1.06–2.43) p= 0,050, seguido pela cor/raça preta [OR= 1.47 (1.21–1.78) p= <0,001], branca [OR= 1.19 (1.12-1.23) p= <0,001]. A raça indígena e parda se apresentaram como fator de proteção [OR= 0.47 (0.39-0.64) p= <0,001 e OR= 0.87 (0.86-0.91) p= <0,001 respectivamente]. Mulheres solteiras foram identificadas com fator de proteção [OR=0.60 (0.55-068) p= <0,001], viúvas e casadas com maior chance para o AVE [OR= 1.21 (1.15-1.34) p= <0,001] e [OR= 1.28 (1.13-1.32) p= <0,001] respectivamente. Conclusão: A mortalidade por AVE em mulheres cresceu incessantemente tendo duplicado ao longo de 18 anos. Foram mais propensas a ter um AVE mulheres com idade acima de 60 anos, das raças amarela, preta e branca, com estado civil viúvas e casadas. Portanto, estratégias de atenção e prevenção em saúde devem incluir a promoção do autocuidado e inclusão social a fim de diminuir as chances do desenvolvimento de doenças cerebrovasculares.