Introdução:O uso de vários medicamentos como estratégia terapêutica e o crescente número destes agentes no mercado são fatores que podem contribuir para ampliar os efeitos benéficos da terapia, mas que também possibilitam o aparecimento de efeitos indesejados.Objetivo: Relatar o uso de medicamentos hipnóticos sedativos e analgésicos-sedativos, prescritos para sedação na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital público no município de Barra do Garças – MT. Métodos: Estudo farmacoepidemiológico, descritivo, retrospectivo, transversal e exploratório, baseado na análise de prescrições medicamentosa de prontuários arquivados do período de Janeiro de 2013 a Julho de 2013 de pacientes com faixa etária ≥ 60 anos. Foram coletadas as seguintes informações: sexo, idade, tipos de medicamentos, dose prescrita e motivo de internação. Para a tabulação e análise dos dados utilizou-se SPSS- Statistical Package for the Social Sciences® versão 2017. Resultados: Dos 147 prontuários analisados, 56% dos pacientes são do sexo masculino, em 49 prontuários foram encontrados 7 medicamentos diferentes prescritos 81 vezes para sedação/hipnose/analgesia, sendo que 5 destes, são medicamentos hipnóticos-sedativos da classe dos BZD’s encontrados em 44 prontuários sendo 51 vezes prescritos para Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), com 53% midazolam 15mg, 37% Diazepam 10mg, 6% Lorazepam 2mg, 2% Bromazepam 6 mg, 2% Clonazepam 2mg. No entanto obtivemos 2 medicamentos da classe dos analgésicos sedativos, prescritos 30 vezes em 6 prontuários para traumas diversos, com 67% fentanil 2ml(50 mg/mL) e 33% morfina 50mg/mL. Verificamos algumas vezes o uso de analgésico sedativo opióide associados com midazolam ou diazepam em 23 prontuários para potencialização da sedação em pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC) e com o uso da Ventilação Mecânica Invasiva (VMI). Conclusão: Na perspectiva da pesquisa, nos apresentou que devido o motivo da internação e a alta complexidade do paciente em UTI, se fez necessário o uso de sedativos para controle da dor e assim minimizar o sofrimento, porém é importante que haja uma maior atenção a farmacoterapia empregada com o objetivo de minimizar ou prevenir a ocorrência de efeitos indesejáveis com a potencialização da sedação e possivelmente controlar uma condição de extrema importância em termos de saúde pública.