LogoCofen
Anais - 20º CBCENF

Resumo

Título:
SAÚDE MENTAL E A VIOLÊNCIA EM MULHERES IMIGRANTES EM PORTUGAL
Relatoria:
ROBERTA MAGDA MARTINS MOREIRA
Autores:
  • Eliany Nazaré Oliveira
  • Tamires Alexandre Félix
  • Gleisson Ferreira Lima
  • José Henrique Moreira Albuquerque
  • Samuel de Sousa Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O número de migrantes internacionais está crescendo rapidamente, principalmente do sexo feminino, as quais, são consideradas as mais vulneráveis na sociedade, pois são muitas vezes vítimas de violência. Em todo o mundo, as mulheres estão sendo espancadas, traficadas, estupradas e mortas. Estes abusos não só causam grandes danos, como atingem o tecido de sociedades inteiras (Nações Unidas, 2010). Objetivo: Analisar a influência da violência na saúde mental de mulheres imigrantes brasileiras que vivem em Portugal. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa. Conduzido em 2016, com 682 brasileiras que viviam há mais de três meses em Portugal. Duas modalidades de coleta foram instituídas: online, por meio da Plataforma Limasurvey, e presencial, no Consulado Geral do Brasil em Lisboa, aplicando a Escala de Problemas de Saúde Mental. Os dados foram analisados pelo Programa SPSS, versão 24.0. Este estudo advém da pesquisa: Estado de saúde e qualidade de vida de imigrantes brasileiras em Portugal, a qual obteve parecer favorável do comitê de ética com o nº 1.692.063. Resultados: Das 682 imigrantes, 182 (26,9%) revelaram ter sofrido violência, tais como psicológica/moral, financeira/econômica, física, sexual, e ser alvo do tráfico de seres humanos. Nessa população, 100% refere se sentir cansada, enquanto, 99,4% relatam se sentir mal, confusa, fraca, nervosa, apresentam perda de interesse em coisas que normalmente gostavam e se sentem só mesmo com outras pessoas. A média da Escala de Problemas de Saúde Mental é superior para quem já sofreu algum tipo de violência em Portugal (M = 2,51) do que para quem não vivenciou esse episódio (M = 2,09). Conclusões: A saúde mental é inferior para quem já sofreu violência, confirmando que os processos violentos e suas marcas influenciam no processo saúde-doença mental das vítimas. Sugere-se a criação de políticas a fim de promover ações para o fortalecimento da consciência cidadã destas mulheres imigrantes contra as diversas formas de violências não as reduzindo, à categoria de vítimas passivas, nem as submetendo a processos de estigmatização e exclusão no país que escolheram para viver. Referências: UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs. Handbook for Legislation on Violence against Women. New York: United Nations, 2010. Disponível em: <http://www.compromissoeatitude.org.br/wpcontent/uploads/2012/11/UN_DAW_2009HandbookforlegislationonVAW.pdf>. Acesso em: 26 mai. 2017.