INTRODUÇÃO: HTLV- I e II são retrovírus com três vias de transmissão: sexual, hematogênica e vertical (TV). Em áreas endêmicas, a TV tem o papel principal na cadeia de transmissão, principalmente pelo aleitamento materno. A infecção é perene e 90% dos pacientes são portadores assintomáticos, porém existe associação com uma gama de doenças inflamatórias, de dermatites inespecíficas até patologias graves e de prognóstico reservado, como a leucemia/ linfoma de células T do adulto (LTA) e a mielopatia associada ao HTLV , ou paraparesia espástica tropical (MAH). Até hoje não existem formas de prevenção ou tratamento eficaz para a infecção por HTLV-I e II nem para as doenças decorrentes da mesma. Os dados sobre a infecção por HTLV-I e II em gestantes brasileiras ainda são escassos e isolados, pois a maioria dos artigos estuda doadores de sangue, a infecção não tem notificação compulsória e o rastreio não faz parte da rotina pré-natal preconizada pelo Ministério da Saúde. OBJETIVO: Objetivo descrever os sentimentos mulheres grávidas ao serem diagnosticadas com HTLV dentro de uma Unidade de Referência Especializada Materno, Infantil em Belém-Pará. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo epidemiológico com enfoque quantitativo, a coleta de dados foi realizada depois que se obteve aprovação no comitê de ética da Universidade da Amazônia parecer nº 2.012.351, sendo realizada coleta segundo o prontuário de mulheres acometidas com HTLV no período estabelecido janeiro de 2013 a dezembro de 2016. RESULTADOS: Verificou se que a maioria significativa das mulheres declarou sentir medo de que a criança fosse contaminada pela doença (66,67%) e contar o diagnostico a família (11,11%) seguido de culpa e arrependimento (11,11%). CONCLUSÃO: O sentimento e culpa e arrependimento permeou os pensamentos dessas mulheres, entretanto as literaturas afirmam que maior impacto da infecção pelo HTLV-I e II em mulheres ocorre no puerpério, em função da recomendação para a não prática do aleitamento materno.