O Brasil tem passado por alterações demográficas, mostrando que a população feminina totaliza mais de 98 milhões de mulheres, sendo as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, a vivência do climatério esta cada vez mais presente, e demanda estratégias para melhorar a qualidade de vida nessa fase. Objetivou-se estimar a prevalência das manifestações clínicas no período climatérico, identificando os fatores de risco e complicações que podem afetar a vida da mulher. Estudo exploratório descritivo transversal realizado com uso da Menopause Rating Scale (MRS) e entrevistas, com 80 mulheres, entre 40 a 60 anos, entre 03/17 a 05/17, cadastradas na Unidade Referência em Saúde da Mulher Francisco Fonseca, situada no bairro Santo Antonio, no município de Aracaju/SE. Os sintomas climatéricos foram avaliados por meio da escala de auto-aplicação MRS, que contém 11 questões distribuídas em 3 domínios: sintomas somatovegetativo (fogachos, desconforto no coração, problemas com sono e musculares e articulares), psicológicos (humor depressivo, irritabilidade, ansiedade, exaustão física e mental) e urogenitais (problemas de bexiga e sexuais e ressecamento vaginal). A pontuação por domínio é feita por meio do somatório dos sintomas. Para a realização o estudo obedece aos aspectos éticos e legais, estabelecidos na Resolução nº 466/2012, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Tiradentes de Aracaju (UNIT) em 2016, sob protocolo 1.813.269. Dentre as entrevistadas 51,3% encontram-se na menopausa e 48,8% na pré-menopausa. De acordo com o MRS 5% eram assintomáticas/ escassas; 10% tinham sintomas leves; 23,8% eram moderados e 61,3% severos. A média de idade entre as menopausadas foi 54,61% e 47,33% as que não estavam. Segundo o MRS entre as menopausadas 2,4% era assintomática/ escassa; 4,9% leves; 29,3% moderado e 63,4% severo. Já as pré-menopausadas 7,7% assintomáticas/escassas; 15,4% leves; 17,9% moderado e 59% severo. Fatores como o estilo de vida e alimentação são determinantes para a idade menopausal da mulher. Nesse período aparecem diversos sintomas e de intensidades variadas. Pôde-se concluir que há prevalência da sintomatologia severa durante o período da pré-menopausa e da menopausa. É nítido que os sintomas vivenciados e a intensidade interferem no estado comportamental, emocional e social delas, sendo necessário melhorar a qualidade de vida e à saúde dessa população tornando possível a realização de uma assistência correta e qualificada.