Introdução: Pacientes convivendo com o HIV/Aids frequentemente necessitam de um cuidado que envolva o atendimento biopsicossocial focado no ser humano, evitando a assistência hospitalocêntrica, devido as diversas fragilidades que este cliente está exposto. Sendo assim, a enfermagem, através da sua consulta, pode oportunizar um atendimento humanizado, criando o vínculo, que posteriormente, pode auxiliar no processo de tratamento. (BRASIL, 2014; COFEN, 1993). Objetivo: Analisar a percepção do paciente em tratamento para AIDS, acerca do vínculo desenvolvido entre ele e o enfermeiro durante a consulta de enfermagem. Metodologia: Estudo exploratório qualitativo, realizado com 15 pacientes em tratamento para AIDS em um centro público de referência em infectologia, na cidade de Juazeiro do Norte (CE). O estudo obteve parecer favorável pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Juazeiro do Norte, sob protocolo 1.057.110. Resultados: Os sujeitos remeteram a existência de uma relação humana, que promovia escuta, apoio, confiança e que, além desse ambiente acolhedor, educava e estimulava o autocuidado. Notou-se a importância de um relacionamento benéfico entre profissional e usuário na assistência de enfermagem, intensificando o processo de cuidado por meio da confiança e do suporte emocional, como auxílio mediante divergências vivenciadas pelo cliente diante das condições de soro-reagente. Um ambiente livre de discriminação e estigmas levou a sensação de confiança nos pacientes, sobretudo porque esses sujeitos, em decorrência da discriminação, sentiam-se inseguros até mesmo no convívio familiar. O atendimento humanizado ampliou o acesso dos portadores de AIDS aos serviços de saúde, o que favoreceu o tratamento e a melhora da qualidade de vida. Conclusão: Os pacientes avaliaram que os enfermeiros conseguiam estabelecer uma relação de respeito, amizade, apoio e profissionalismo, percebendo o ambiente como acolhedor, sendo fundamental para que estes sentissem-se confiantes e à vontade para relatarem suas dúvidas e anseios. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico - Aids e DST. Ministério da Saúde, Brasília, DF, 2014; COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 159, 1993. Dispõe sobre a consulta de enfermagem. Cofen, 1993. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-1591993_4241.html.