Introdução: O cigarro é uma substância lícita bastante utilizada, uma vez que é socialmente aceita e de fácil acesso. A literatura aponta que trabalhadores que ocupam cargos que lhes exigem maior esforço braçal e baixo nível de escolaridade apresentavam as maiores taxas de tabagismo (BARROS, 2011). Objetivo: Avaliar o consumo, o grau de dependência física do tabaco e o nível de monóxido de carbono no ar exalado em trabalhadores terceirizados. Método: Trata-se de um estudo descritivo, analítico, transversal e quantitativo desenvolvido em uma universidade pública do Sul de Minas Gerais. A população foi composta por 316 trabalhadores terceirizados. A coleta de dados ocorreu de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer número 1.623.102 (CAAE: 57208316.6.0000.5142). Os instrumentos utilizados foram o Questionário de caracterização dos sujeitos e o Fagerström Test for Nicotine Dependence, preenchidos de forma autoaplicáveis. Foi mensurado o monóxido de carbono no ar exalado (COex) por meio do monoxímetro. Indivíduos que apresentassem COex acima de seis partículas por milhão (ppm) possuem status tabágico. Para a análise de dados foram utilizados estatística descritiva e inferencial. Resultados: Da população em estudo (316), 41 consomem cigarros e o maior consumo esteve presente entre as mulheres (63,4%). No que concerne serviços terceirizados, eles trabalham, em média, 7 anos e 4 meses nessa modalidade e a ocupação mais citada foi a de auxiliar de serviços de limpeza. Desses trabalhadores, 39% fumam o primeiro cigarro do dia em menos de 6 minutos após acordarem e 70 % relataram que o primeiro cigarro da manha é o que traz mais satisfação, além disso, 39% apresentam elevado/muito elevado grau de dependência física do tabaco. Apenas quatro (9,8%) trabalhadores apresentam COex igual ou inferior a 6ppm, e 90,2% o status tabágico, sendo que esta variável apresentou associação significativa com a variável dependência de nicotina (p=0,038). Conclusão: O consumo de cigarro está maior entre as mulheres, o primeiro cigarro da manhã é o que traz mais satisfação e grande parte dos trabalhadores apresenta o status tabágico. Referências: BARROS, A. J. D. Tabagismo no Brasil: desigualdades regionais e prevalência segundo características ocupacionais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 9, p. 3707-3716, 2011.