Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
HÁBITOS ALIMENTARES DE SACERDOTES ATUANTES EM REGIÕES CEARENSES: FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS
Relatoria:
SARA DO NASCIMENTO CAVALCANTE
Autores:
- Crhistiane de Alencar Oliveira
- Giselly Holanda da Cunha
- Naiara Barros Nojosa
- Thecia Larissa da Silva Ribeiro
- Huana Carolina Cândido Morais
Modalidade:
Pôster
Área:
Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem afecções de saúde com etiologia múltipla, associadas principalmente a fatores de risco modificáveis, como hábitos alimentares inadequados. Estudos apontam que doenças do aparelho circulatório, neoplasias, doenças do aparelho digestivo e determinadas doenças infecciosas e parasitárias figuram como principais causas de óbitos na faixa de 20 a 59 anos entre homens no Brasil. Neste contexto, os sacerdotes formam uma minoria populacional e que, assim como as demais, tem suas peculiaridades e requerem cuidados de saúde voltados as suas necessidades, especialmente quando avaliados segundo estilo de vida e grau de morbimortalidade. Objetivos: Buscou-se identificar hábitos alimentares que possam ser fatores de risco para doenças crônicas em sacerdotes atuantes em regiões cearenses. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, com análise quantitativa por amostragem não probabilística por conveniência. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº 1.288.368. A coleta de dados foi realizada de agosto a outubro de 2015. Utilizou-se um questionário com 23 questões sobre hábitos alimentares e dados sociodemográficos, adaptadas do VIGITEL. O cenário de pesquisa ocorreu em três dioceses: Quixadá, Iguatu e Crato, onde participaram do estudo 47 sacerdotes. Resultados: Os sacerdotes apresentaram IMC igual a 27,28 kg/m², classificado como sobrepeso. Possuíam frequência alimentar diária baseada na baixa ingesta de leite, feijão, verduras, legumes e frutas, alimentos considerados protetores para DCNT. No entanto, verificam-se hábitos saudáveis como: dieta hipossódica, preferência por carne sem gordura e frango sem pele, baixo consumo de álcool e frequente realização de exercícios físicos. Quanto à morbidade referida, a grande maioria assegura não sofrer de Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e Doença do Refluxo Gastroesofágico. Conclusões: Os resultados supracitados apontam para a urgente reconstrução da ideia social de saúde do homem, ou seja, de que uma intersecção entre a equipe de enfermagem e demais setores da sociedade na luta contra as iniquidades à saúde; introduzindo hábitos alimentares adequados associados ao controle de outros condicionantes que afetam a saúde, podem assim, desacelerar o crescimento de DCNT, impedir seu aparecimento e mitigar seus efeitos.