O processo de envelhecimento é marcado por diversas mudanças fisiológicas, comportamentais e sociais, e estes resultam em uma desconstrução social no qual o idoso é enxergado como alguém cujas capacidades produtivas já não correspondem às necessidades. No campo da sexualidade, existem mitos e tabus evidentes e preocupantes, haja vista que interferem, inclusive, em como o idoso se vê. Os objetivos dessa pesquisa foram conhecer os principais mitos e tabus relacionados à sexualidade na terceira idade e analisar o nível de satisfação sexual dos idosos. O trabalho em questão provém de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, do tipo revisão sistemática, realizada na biblioteca Virtual de Saúde, nas bases LILACS e Scielo, utilizando-se os descritores selecionados: idoso; sexualidade e preconceito. Foram identificados 17 artigos, dos quais apenas 6 se encaixaram nos critérios de inclusão pré-definidos. Os artigos foram comparados e agrupados por semelhança de conteúdo, sob a forma empírica, sendo construídas duas categorias: I. Mitos e tabus sobre sexualidade no envelhecimento; e II. Satisfação sexual dos idosos. Mediante a pesquisa, contatou-se que os principais mitos e tabus envolvendo a sexualidade estão associados à ideia de que os idosos não têm vida sexual e que não são atraentes. Diante desse contexto, percebe-se que é fundamental que haja um trabalho abordando a questão da sexualidade na velhice, de modo a desmistificar a visão negativa acerca da mesma. Para tanto, é imprescindível o desenvolvimento de atividades relacionadas à Educação Sexual e de educação em saúde, destacando-se, nesse processo, a atuação do enfermeiro. Tais atividades podem contribuir tanto para fornecer orientações adequadas sobre o processo de envelhecimento, quanto para sanar dúvidas acerca da atividade sexual, contribuindo para minimizar os mitos e tabus relacionados à sexualidade na terceira idade.