Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES ASSOCIADOS AO ACOMPANHAMENTO NA PARTURIÇÃO NOS MUNICÍPIOS SERGIPANOS
Relatoria:
ROSEMAR BARBOSA MENDES
Autores:
- Rosemar Barbosa Mendes
- José Marcos de Jesus Santos
- Ricardo Queiroz Gurgel
- Karine Almeida Reis
- Andréia Freire de Menezes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Trabalho, Ética e Legislação profissional
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Lei no 11.108∕2005 garante o direito às parturientes da presença de acompanhante, indicado por elas, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Sabe-se que a figura do acompanhante possibilita uma vivência positiva na parturição, uma vez que traz conforto, segurança e alívio da tensão gerada neste momento. Objetivos: Avaliar a prevalência do acompanhamento na parturição e os fatores associados. Metodologia: Estudo quantitativo e transversal, com abordagens descritiva e analítica, realizado por meio de entrevista com 324 puérperas durante a internação hospitalar em todos os municípios sergipanos com maternidade pública ou mista em funcionamento à época da pesquisa (n= 7). Para análise estatística foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson no programa SPSS (versão 20.0). O trabalho está vinculado ao Nascer em Sergipe, realizado entre junho/2015 e abril/2016, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe, parecer 453.279. Resultados: A maioria das puérperas (84%; n= 272) referiu a presença do acompanhante durante sua internação, sendo principalmente a mãe (38,6%; n= 105), a irmã (27,2%; n= 74) ou o pai da criança (19,5%; n= 53). Entretanto, apenas 17,6% (n= 48) destes estavam presentes no momento do nascimento. As variáveis estatisticamente associadas ao acompanhamento na parturição foram: idade (94,2% ≤19 anos X 81,2% ≥ 20 anos; p= 0,009), escolaridade (90,1% médio ou superior X 79,1% analfabeta ou fundamental; p= 0,007), número de gestações anteriores (92,1% primigesta X 77,7% multigesta; p= <0,001) e tipo de parto (93% cesariana X 79% vaginal; p= 0,001) (p < 0,05). Conclusão: Os municípios sergipanos ainda não alcançaram uma cobertura universal de acompanhamento na parturição, sobretudo entre mulheres com idade ≥ 20 anos, de baixa escolaridade, multigestas e cujo parto ocorreu por via vaginal.