A diarreia é uma alteração no funcionamento do intestino em que há um aumento do número de evacuações, fezes amolecidas ou líquidas, com perda de água e eletrólitos. Os micro-organismos causadores costumam chegar ao ser humano através da boca, podendo estar na água ou alimentos contaminados. A maioria é causada por vírus, bactérias ou parasitas e tem como complicações a desidratação, desnutrição crônica, retardo do desenvolvimento do peso e estatura e até morte se não tratada corretamente. Por ser uma doença autolimitada e de tratamento relativamente simples, a correta identificação, aporte hídrico necessário e manutenção da dieta são medidas que evitam a morte e a desnutrição. Visando melhorar a condição de saúde da população o Ministério da Saúde criou um Sistema Informatizado de Vigilância Epidemiológica de Doenças Diarreicas Agudas, com o objetivo de dotar o nível local de instrumentos ágeis e simplificados que permitam detectar alterações no comportamento das doenças diarreicas, recomendando medidas de prevenção e controle e ainda avaliar o impacto das ações desenvolvidas. Os objetivos do trabalho foram traçar o perfil epidemiológico dos casos de diarreia e verificar o manejo durante o tratamento de diarreia. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva com abordagem quantitativa, onde os dados foram coletados a partir das fichas de notificação dos pacientes, arquivados no Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do ano de 2015. Observou- se que no ano de 2015 houve um grande número de casos de diarreias notificadas (2.248 casos). A 1ª semana apresentou a maior quantidade de casos. O sexo feminino prevaleceu dentre os acometidos, o bairro Lourival Parente concentrou a maior quantidade de notificações e o tratamento, mas comum foi o plano A, ou seja, o uso de SRO. Concluiu-se que se faz necessário medidas para averiguar as causas da diarreia no referido bairro e assim buscar soluções para que o quadro não se agrave, assim como tentar conter os principais causadores da diarreia.