Introdução: Materiais bem conservados não significam apenas proteção ao paciente e equipe contra as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, mas também é condição essencial para um tratamento seguro, é importante o controle dos materiais antes de qualquer procedimento invasivo sem a quebra da esterilidade. Objetivo: Avaliar e verificar as condições de armazenamento de materiais hospitalares industrializados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Metodologia: Estudo exploratório e descritivo com abordagem observacional para avaliar a qualidade da estrutura e guarda de materiais esterilizados industrializados, realizado levantamento e identificação dos artigos de uso no hospital através da listagem do centro de custo farmacêutico seguindo recomendações do fabricante e Ministério da Saúde. Unidades pesquisadas: Farmácia da UTI Adulto, Farmácia do Centro Cirúrgico, Farmácia Central, Setor de Almoxarifado, Clínica Cirúrgica I, Clínica Cirúrgica II, Clínica Médica. Resultados e discussão: Observamos que há uma carência nas unidades de alguns tipos de estruturas, como: falta proteção do material esterilizado, disposição das prateleiras com distâncias recomendadas e gavetas cheias de materiais. A Unidade internação Clínica Cirúrgica I foram encontrados equipo multivias com 4 vias (25,0%), equipo de macro gotas (1,66%) e adaptadores PRN (2,4%) com embalagens danificadas; Clínica Cirúrgica II foram perceptíveis os danos nos seguintes materiais: agulha 0,45x13 (2,32%), equipo multivias 2 vias (6,06%), equipo multivias 4 vias (33,33%) e equipo micro gotas (14,28%). Na unidade de internação Clínica Médica apenas o equipo macro gotas para medida de PVC danificados (12,5%). Os dados sugerem que não há nenhum cuidado com material após a sua destinação para as unidades. Conclusão: Conclui-se que nas unidades descentralizadas do HC-UFU há deficiências nas condições de armazenamento conforme os padrões exigidos pela norma brasileira e há uma necessidade de ajustamento para garantir a integridade dos mesmos. Referências: Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Práticas recomendadas, 6. Ed. São Paulo: SOBECC; 2013.