LogoCofen
Anais - 20º CBCENF

Resumo

Título:
TENDÊNCIA DOS ÓBITOS POR DIARREIA E GASTROENTERITES ENTRE CRIANÇAS BRASILEIRAS NAS DUAS ÚLTIMAS DÉCADAS
Relatoria:
THAYNARA MYRELLE DE ALENCAR FERREIRA
Autores:
  • Ana Lúcia da Silva
  • Iraci Alcântara Mariano
  • Jacqueline Couto Nascimento
  • Caroline Line Rosa
  • Samylla Maira Costa Siqueira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A diarreia e as gastroenterites são importante causa de morbimortalidade na infância, especialmente entre as crianças menores de cinco anos e nos países em desenvolvimento. Objetivo: Descrever a tendência dos óbitos por diarreia e gastroenterites entre crianças brasileiras nas duas últimas décadas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado em maio de 2017 com dados secundários extraídos do DATASUS. Para a coleta, foram estabelecidos os óbitos por diarreia e gastroenterites (Categoria CID-10) ocorridos em todas as regiões brasileiras, entre crianças menores de 5 anos de idade, no período de 1996-2015 (esse recorte temporal foi estabelecido por se tratarem das informações mais antigas e das mais recentes disponíveis no banco de dados consultado). Resultados: Foram registrados 44.884 óbitos em todas as regiões brasileiras no período em questão, com predominância de casos entre as crianças do sexo masculino (55,88%). A partir do ano de 1998, houve uma tendência de queda das mortes por diarreia até o ano de 2012, quando foi registrado um discreto aumento (0,12%), com queda no ano seguinte. A região brasileira que mais se destacou foi o Nordeste (55%), seguido das regiões Sudeste (18,76%), Norte (13,11%), Centro-Oeste (6,69%) e Sul (6,42%). Em se tratando da faixa etária, o maior número de casos foi identificado entre os indivíduos de 28 a 364 dias de vida (77,56%), 1-4 anos (18,03%), 7-27 dias (3,58%) e 0-6 dias (0,79%), respectivamente. Quanto à raça/cor, prevaleceram as crianças negras (pretas e pardas), com 34,4% dos óbitos (especialmente as pardas, 31,63%). Cabe destacar que nesta última variável atraiu atenção o fato de haver uma grande quantidade de casos caracterizados como “ignorados” (37,53%). Conclusão: Findado o estudo, revelou-se uma tendência de queda dos óbitos por diarreia e gastroenterites no país. O principal perfil observado foi de crianças do sexo masculino, menores de 1 ano (mas que já passaram da fase neonatal), na Região Nordeste e de raça negra. Destacou-se como aspecto positivo o fato de a mortalidade por esta causa evitável ter caído nas últimas duas décadas, permitindo ao país atingir a 4ª meta de desenvolvimento do milênio. Como aspecto negativo, identificou-se a subnotificação dos casos quanto ao recorte raça/cor, demonstrando a necessidade de aprimoramento quanto ao preenchimento das fichas de declaração de óbito.