Introdução: A expressão ‘violência obstétrica’ (VO) é utilizada para descrever e agrupar diversas formas de violência (e danos) durante o cuidado obstétrico profissional. “Inclui maus tratos físicos, psicológicos, e verbais, assim como procedimentos desnecessários e danosos”1. Uma em cada quatro mulheres grávidas sofre algum tipo de VO durante o parto, sendo as mais comuns as agressões verbais, procedimentos dolorosos sem consentimento e negligência2. Objetivo: Investigar a contribuição de produções científicas publicadas em periódicos on-line, durante o período de 2006 a 2016, que envolvessem as temáticas relacionadas a violência obstétrica e parto cesariano. Metodologia: O estudo caracteriza-se por ser uma revisão integrativa da literatura. A busca manual foi realizada em artigos científicos publicados entre os anos de 2006 a 2016. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a abril de 2017, nas bases de dados: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O rigor metodológico foi seguido conforme questionário para a coleta de dados, obedecendo todos os passos da revisão integrativa. Os dados foram categorizados e em seguida realizados análise reflexiva sobre os mesmos. Resultados: Nas cesarianas, em relação às mulheres que tiveram partos normais, a violência obstétrica está relacionada com as complicações que podem ocorrer no parto, sendo o profissional mais incisivo e técnico nestes aspectos. Nos partos cesáreos há aumento de mortalidade, morbidade severa, internação em UTI, uso de antibióticos, necessidade de transfusão, histerectomia e tempo de permanência no hospital1 o que sugere ausência de condutas humanizadas. Conclusões: Ainda que a maior parte da população presuma que a VO está relacionada ao parto normal, essa pesquisa evidenciou que metade dos dados significativos em relação à VO está diretamente associado ao parto cesáreo.