INTRODUÇÂO: O processo de envelhecimento populacional brasileiro vem sofrendo modificações relacionadas a diversos aspectos entre eles a elevação da taxa de natalidade, aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de mortalidade infantil. Em consequência a esse contexto, a busca por serviços de saúde tem se ampliado entre as pessoas idosas, correlacionada com o aumento da longevidade. OBJETIVO: Descrever a utilização dos serviços médicos e odontológicos por idosos que frequentam um centro de convivência. MÉTODO: Estudo descritivo de corte transversal com natureza quantitativa. A amostra constituiu-se de 106 (100%) idosos que frequentavam um Centro de Convivência de Idosos, de um município da região norte do estado de Mato Grosso do Sul, no período de outubro a dezembro de 2016. Utilizou-se o questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS). A pesquisa foi aprovada do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. RESULTADOS: Verificou-se que a maioria dos idosos 84 (79,24%), utilizam os serviços públicos de saúde. Nota-se que a maior parcela de entrevistados referiu estar satisfeita com os serviços médicos 74 (69,80%). Contudo, observou-se que entre os principais motivos pela não procura dos serviços médicos estão: a dificuldade financeira para pagar, apontado por 45 (42,44%) entrevistados e o medo de ir ao médico referido por 27 (25,46%) dos idosos. No que tange aos motivos pela não busca dos serviços odontológicos, observa-se que a maioria dos idosos 84 (79,24%), apontou a ausência de uma pessoa para leva-los ao atendimento odontológico. A dificuldade financeira para pagar, foi referida por 51 (48,8%) idosos, seguido da ausência de necessidade em ir a atendimento odontológico que foi indicada por 24 (22, 64%) entrevistados. CONCLUSÃO:É frequente que os profissionais de saúde acabem chegando para atuar nos serviços sem o devido preparo para lidar com o idoso, atuando de modo prescritivo em quadros agudos. Sendo assim, é importante destacar que o idoso deve ser atendido em suas particularidades, cabendo ao profissional de saúde considerar essas diferenças e preservar a autonomia do idoso.