Introdução: O nascimento de uma criança com deficiência provoca uma série de sentimentos na família. O cuidado centrado na família (CCF) possui o objetivo de envolver os membros da família no cuidado, possibilitando a participação de todos no planejamento de ações que estejam ao alcance da família e atendam suas necessidades. Objetivo: Relatar intervenções realizadas a uma família atendida na Associação Pestalozzi de Campo Grande/MS. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, onde realizou-se consulta de enfermagem a família de uma criança com diagnóstico de deficiência intelectual. Foram levantados os seguintes diagnósticos de enfermagem: Baixo peso real, volume de líquidos deficitário, e enfrentamento ineficaz caracterizado por sentimento de culpa (mãe). Agendou-se retorno na seguinte semana para implementação das intervenções de enfermagem. Resultados: No primeiro dia de intervenção, houve a presença do pai juntamente a criança, sendo efetuada a entrega e explicações de uma cartilha didática sobre dicas para alimentação saudável e ingesta de líquidos. Identificou-se grande aceitação e interesse do pai pelas informações sugeridas, enfatizou-se que nada era imposto, sugerindo que as dicas fossem adequadas à realizada da família. No dia seguinte, realizou-se intervenção com a mãe, sendo realizada a dinâmica “tenda do conto”, esta dinâmica é uma estratégia para realizar escuta ativa, possibilitando momento de reflexão. A dinâmica mostrou-se importante para a formação de vínculo, no entanto, houve resistência da mesma contar sua dificuldade em aceitar a condição de sua filha indicando a necessidade de mais abordagens. Conclusão: Conclui-se que é extremamente importante que o enfermeiro realize intervenções baseados nos preceitos do CCF, visto que, a família, vivencia diretamente esta situação. Constatou-se que a abordagem sugestiva sem imposições é bem aceita, o profissional e o familiar podem juntos trabalhar para formular as melhores alternativas para o cuidado e que a formação de vínculo é de extrema importância, sendo que em alguns casos essa formação de vínculo necessita ser trabalhada aos poucos, possibilitando assim ao profissional intervir efetivamente promovendo saúde.