Introdução: A utilização do cateter central de inserção periférica (PICC) está relacionado à previsão de tempo de internamento e indicação (inserido através de uma veia periférica por punção percutânea progredindo até o terço médio distal da veia cava superior ou inferior), reduzindo a exposição do recém-nascido (RN) à dor e estresse e a frequência de punções venosas substituindo a punção periférica com dispositivos de curta permanência. A inserção é competência técnica e legal do enfermeiro, segundo o artigo 1º da Resolução nº 258/2001, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). A assistência de enfermagem deve priorizar a prevenção e a detecção precoce de complicações relacionadas ao uso do cateter visando à segurança do neonato. Objetivos: O presente estudo avaliou a execução da assistência do enfermeiro na inserção, manutenção e retirada do cateter central de inserção periférica em RNs em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo e com levantamento documental. A casuística foi composta por 118 formulários da própria da Instituição com dados de inserção, manutenção e retirada do PICC em recém-nascidos na UTIN. Foram incluídas na pesquisa os formulários preenchidos de 01 de setembro de 2015 a 28 de fevereiro de 2016, a análise estatística teve como base o programa SPSS - média, mediana, desvio padrão e P. O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética com número de CAAE 53345016.8.0000.5371. Resultados: O cateter foi inserido com sucesso em 87,29% dos casos (103/118), outros 12,71% (15/118) o procedimento de inserção resultou em fracasso relacionado à punção venosa, não progressão do cateter, a veia axilar esquerda (28,57%) e a jugular direita (28,21%) foram as mais utilizadas masculino e feminino respectivamente. O tempo de permanência teve uma média de 6 a 12 dias, o principal motivo de retirada foi o óbito sendo 36.84% no sexo masculino, 35,71% no sexo feminino. Conclusão: Com a realização do estudo mostrou a importância do uso do PICC para o aumento da sobrevida dos recém-nascidos internados na UTIN, porém, é necessária a adequação do formulário de acompanhamento do cateter para um formulário mais detalhado, e de rápido preenchimento, e estabelecimento de um protocolo de cuidados e capacitação da equipe de enfermagem para uma maior conhecimento e humanização.