INTRODUÇÃO: A utilização da natureza com fins terapêuticos acompanha a civilização desde a antiguidade, seja empregada para adornos, cerimônias, alimentação e também com a finalidade de recuperação e avanços na saúde. Dessa forma, as plantas medicinais têm sido substanciais no desenvolvimento de fitoterápicos, favorecendo ainda na investigação de princípios ativos os quais irão compor novos fármacos e extrema relevância na existência de medicamentos. Com isso, faz-se essencial o aperfeiçoamento, principalmente, da equipe multidisciplinar na Atenção Primária de Saúde (APS) que tem contato contínuo com a comunidade rural, sobre a fitoterapia, a fim de gerar suporte à população e suas particularidades. OBJETIVOS: Relatar a experiência de campo de um projeto de extensão sobre conhecimentos à cerca da utilização de drogas vegetais pela população estudada. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência, realizado em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) distintas na zona rural em Parnaíba-PI, com realização de entrevistas informais condições socioeconômicas, utilização de plantas medicinais, a frequência do uso e o respectivo conhecimento sobre plantas consumidas, desenvolvendo elo direto com a comunidade local, a fim de adquirir conhecimentos sobre o uso de fitoterápicos na zona bucólica. O trabalho foi desenvolvido no período dezembro de 2015 a julho de 2016. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As plantas medicinais mais usadas nas comunidades rurais citadas pelos usuários foram as seguintes espécies: Melissa officinalis (Erva-cidreira), Cymbopogon citratus (Capim limão), Plectranthus barbatus (Boldo) e Mentha spicata (Hortelã), enfatizando o grande potencial de ação dessas plantas; Além disso, foram realizadas rodas de conversas sobre uso de drogas vegetais, sua utilidade, eficácia, conhecimento popular agregado à sabedoria científica, a fim de sensibilizar intoxicações e uso incorreto. É relevante a observação da propagação da sapiência em relação ao uso de fitoterápicos, o que permite que essa prática se difunda em diversas regiões. CONCLUSÃO: A vivência foi relevante para constatar a biodiversidade de espécies da flora regional de aplicabilidade medicinal, enfatizando sua importância para a comunidade, tornando crucial a capacitação dos profissionais da saúde sobre a temática, para a propagação de conhecimentos adequados, com atenção à associação de medicamentos alopáticos e plantas, para evitar iatrogênia e obter a resolutividade em questões esperadas.