Introdução: A demência é um declínio progressivo da memória com consequências nas funções cognitivas e intelectuais. Os idosos passam a depender do cuidador para auxiliar ou realizar as atividades de vida diária, gerando prejuízos na qualidade de vida do cuidador. Objetivos: Identificar as características sociodemográficas e de saúde dos cuidadores de idosos diagnosticados com demência. Metodologia: Estudo transversal, realizado em uma unidade ambulatorial geriátrica com 30 cuidadores de idosos diagnosticados com demência, utilizando uma ficha de caracterização sociodemográfica e de saúde do cuidador. Os participantes são cuidadores de idosos diagnosticados com demência, que participam da consulta de enfermagem em um ambulatório de assistência a idosos e cuidadores de uma Universidade Pública da cidade de Niterói. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética sob parecer 1.740.880. Resultados: observou-se que 90% eram mulheres, 33% entre 60 e 69 anos, 67% casados, 50% com ensino médio completo, 64% com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos e 60% sem atividade profissional. Houve o predomínio de cuidadores informais/familiares, sendo estes 58% de filhos. 87% com algum problema de saúde e 73% em uso contínuo de medicamento. Conclusão: Os resultados evidenciam pontos que merecem destaque, tais como: cuidadores que também são idosos, com uma relação conjugal construída, dividindo o mesmo lar e com renda familiar baixa. Ainda como fator prejudicial destaca-se a presença de doenças crônicas limitantes destes cuidadores. Estas características apontam negatividade na saúde física e mental do cuidador, afetando a sua qualidade de vida e consequentemente a prestação do cuidado prestado. Faz-se necessário a elaboração de estratégias e políticas públicas que evidenciem o idoso e a valorização do cuidado.